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Isaac Hanson: “Poucas bandas no mundo tiveram um hit como ‘MMMBop'”

Os Hanson completam 21 anos de carreira este ano e trazem sua nova turnê a São Paulo, no dia 21 de julho. Isaac, o mais velho dos irmãos, falou à VEJASP.COM

Por Carolina Romanini
Atualizado em 5 dez 2016, 15h53 - Publicado em 19 jun 2013, 18h15
Hanson
Hanson (Divulgação/)
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Há mais ou menos quinze anos, em meados de 1997, o mundo pop viveu um fenômeno que não via desde o surgimento de bandas como Menudo e New Kids on the Block. Os Hanson, grupo formado por três irmãos da pequena Tulsa, nos Estados Unidos, fizeram com que adolescentes do mundo inteiro decorassem os versos do seu grande hit, MMMBop, que vendeu sozinho mais de 10 milhões de cópias no mundo inteiro.

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Juntos desde que o menor da trupe, Zach, tinha apenas 6 anos, em 2013 eles comemoram o aniversário de 21 anos da banda. Para celebrar a maioridade, lançaram uma marca de cerveja, a MMMHops, o sexto álbum do grupo, Anthem – que deve ser lançado no Brasil no próximo mês -, e agendaram uma nova turnê mundial, com passagem pelo Credicard Hall, em São Paulo, no dia 21 de julho.

De Nova York, onde apresentaram o primeiro show da turnê Anthem World Tour, na última segunda (17), Isaac, o mais velho do grupo, falou à VEJASP.COM.

Anthem  foi lançado essa semana nos Estados Unidos e deve chegar ao Brasil no mês que vem. O que as fãs podem esperar das novas composições?

Os fãs podem esperar um som bastante familiar, coisas bem características da nossa banda, com influência do R&B e dos ritmos dos anos 50 e 60, que usamos bastante desde músicas como MMMBop e Where is the Love. Também trouxemos algumas novidades, como na música Get the Girl Back, o primeiro trabalho do novo álbum, que tem raiz nos sons da Motown, mas sem abrir mão do nosso twist, que é a harmonia de vozes. Sempre gostamos de trazer influências daquela época para as nossas composições, mas colocando um pouco do nosso próprio estilo nelas, para não ficar apenas no saudosismo.

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Outra diferença é que nas músicas de Anthem a guitarra ganhou bastante força, especialmente em Fire Up, You Can’t Stop Us Now e I’ve Got Soul. Todas elas têm um som de guitarra bem agressivo. No álbum anterior, por exemplo, trabalhamos mais o teclado.

Também temos uma participação especial da cantora Noelle Scaggs, da banda Fitz and the Tantroms, na música I’ve Got Soul. É a primeira vez que temos uma colaboração vocal num álbum dos Hanson. A banda também toca baixo em algumas músicas.

Você e o Zach estão cantando bastante nesse álbum, nos outros as músicas eram quase sempre lideradas por Taylor. Algum motivo específico para isso?

Na música You Can’t Stop Us Now, cada um de nós canta um verso. Isso é inédito e está mais evidente neste álbum. É algo que já tentamos trabalhar antes, como na música This Time Around, por exemplo, mas que agora está mais óbvio. Os fãs, especialmente no Brasil, sempre pediram para que eu e Zach soltássemos mais a voz. Dizem que eu, particularmente, não apareço à frente de nenhuma música. Aparentemente isso é importante para ele e eu não fazia ideia [risos].

 

Vocês já venderam mais de 16 milhões de CD’s no mundo inteiro. Esse número assombra vocês cada vez que pensam em um novo disco?

Acho que não existe uma pressão só para fazer um álbum bem sucedido. Ele também tem que alegrar os fãs e a nós mesmos. Como podemos levar alegria e entretenimento às pessoas com músicas que nós não gostamos de cantar?  Se você não gosta do que faz, é muito difícil inspirar as pessoas. Então, em primeiro lugar, está a nossa satisfação. Aí cruzamos os dedos, levamos aos fãs e esperamos que eles gostem também.

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Os Hanson surgiram na mesma época de bandas como N’Sync, Backsteet Boys e Spice Girls. Todas elas se separaram em algum momento da carreira ou estiveram envolvidas em escândalos. Porque você acha que os Hanson permaneceram juntos todo esse tempo?

Acima de tudo porque nosso grupo não foi formado por um produtor oportunista, que queria criar uma banda, escrever as músicas dela e dizer aos membros que fazer ou não. Desde o início da nossa carreira tentamos ser nós mesmos, uma banda jovem, mas que escreve, produz e canta. Tivemos sorte de fazer sucesso tão cedo, mas acho que ainda que se não tivéssemos estourado quando jovens, teríamos chegado onde estamos hoje. Sempre fizemos o que amamos e de qualquer maneira iríamos insistir nisso.

Os fãs dos Hanson continuam sendo os mesmos da época de MMMBop?

Sempre fomos influenciados por artistas como Billy Joel e James Taylor, que fizeram músicas bacanas, de qualidade e que não têm nada a ver com a idade de quem ouve. Se você ouvir Weird, do nosso primeiro álbum, ou For Your Love, do Anthem, verá que são músicas da mesma banda, porque não perdemos a nossa essência. Durante esse tempo conseguimos, sim, manter uma conexão com os fãs daquela época, mas também evoluímos como artistas e conquistamos novos fãs, que apreciam o nosso estilo independente do que fizemos no passado. Às vezes vemos pessoas na faixa dos 16 anos em nossos shows, pessoas que nasceram em 1997, quando os Hanson já estavam no auge. É bem gratificante.

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Muitas pessoas dizem que o Hanson é uma banda de uma música só, no caso, MMMBop. Como vocês rebatem essas criticas?

Hummm, acho que não tenho uma resposta pronta para isso. Somos felizardos por termos um hit como MMMBop. É o tipo de hit que muitas bandas nunca tiveram, um sucesso que poucas músicas no mundo atingiram. Somos afortunados por isso. A música certamente faz parte de nossa carreira, mas não é tudo. Espero que um dia as pessoas consigam ver isso.

Depois de tanto tempo, MMMBop está na trilha do filme Se Beber Não Case – Parte 3.

Sim. Ficamos muito felizes quando nos avisaram e compartilharam conosco a cena em que a música está inserida. É muito bacana, um trecho bem engraçado do filme. Somos fãs da trilogia Se Beber Não Case, pra nós foi ótimo fazer parte dessa história.

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Como vocês pretendem comemorar os 21 anos da banda, pessoalmente?

Na realidade, a data exata foi no mês passado, mas não fizemos nada, nem um show, nem nada entre nós. Vamos comemorar em cima do palco mesmo, pois é a melhor maneira de fazê-lo, como mais gostamos. Somos muito felizardos por fazer o que amamos. Melhor que isso, só se pudéssemos brindar com uma caipirinha [risos].

A caipirinha deixou boas lembranças do Brasil?

Sim. É certamente a minha segunda bebida favorita, atrás apenas do uísque. Pensando bem, talvez eu organize uma comemoração no Brasil, desta vez com caipirinhas [risos].

E como está a sua expectativa em voltar para São Paulo?

Os fãs brasileiros são muito importantes para nós e por muito tempo tivemos a sensação de que não dávamos atenção suficiente a eles. Da última vez em que estivemos no país, há seis anos, prometemos  que voltaríamos. Então assim que organizamos essa nova turnê mundial, não somente fizemos questão de visitar o Brasil, mas o colocamos entre os primeiros destinos [antes de chegar aqui, eles passam somente pela Argentina, onde fazem show no dia 18 de julho, em Buenos Aires].

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