Antes um diretor bissexto, Terrence Malick aparece com um novo trabalho dois anos depois da estreia no Brasil do anterior, A Árvore da Vida. A fórmula visual continua a mesma, embora Amor Pleno seja bem menos complexo e viajandão. No centro do roteiro está o vai-vém da relação do americano Neil (Ben Affeck) com a mãe solteira Marina (Olga Kurylenko), que ele conheceu numa viagem à França.
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Ao lado da filha, ela vai viver com o amado numa cidadezinha de Oklahoma. Tempos depois, o tédio se anuncia e o relacionamento desanda. O realizador, primoroso nos enquadramentos, deixa a câmera inquieta rodopiar por corpos, cômodos, ruas e campos.
Na maioria das vezes, os raros diálogos não casam com as imagens e prevalecem as narrações em off dos personagens revelando os desdobramentos do romance — seria algo como se o espectador estivesse “vendo” um livro. Esses maneirismos estéticos, de uma beleza arrebatadora, podem tanto parecer ousadia quanto pretensão.
Avaliação: ✪✪✪