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Figurinista de Vale Tudo revela lojas e brechós de SP que vestem personagens

Marie Salles tem extenso portfólio na TV Globo e explica seu processo criativo

Por Luana Machado
31 jul 2025, 08h00
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Retratos de Marie Salles, figurinista. (Globo/ Manoella Mello/Divulgação)
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Figurinista há 30 anos, Marie Salles, responsável pelos looks do remake de “Vale Tudo”, que inclui peças garimpadas na capital paulista, começou trabalhando como estagiária ao lado de Emília Duncan. Formada pela Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ela chegou a assinar diversos trabalhos na TV Globo, como “Bang Bang”, “Cordel Encantado”, “Joia Rara”, “Avenida Brasil” e, agora,”Vale Tudo”.

Confira mais na entrevista abaixo: 

Você possui um extenso portfólio que vai de novelas de época à contemporâneas. Como muda o processo criativo?

Quando eu faço uma novela de época, preciso estudar o período a fundo por meio de filmes, pinturas, por exemplo. Agora, quando é contemporânea eu olho para como nós nos comportamos. Em novelas de época, eu também compro tecidos e uso muito a costura da Globo. Em Vale Tudo, eu uso 5% da costura da emissora, o resto é empréstimo, compra, garimpos, vamos buscando marcas novas. Em Vale Tudo, a Manu [Manuela Dias, autora] e o Paulo [Silvestrini, diretor] me deram uma direção para ser uma novela realista. Então, fui para Foz do Iguaçu, para Vila Isabel, e tirei muitas fotos de pessoas nas ruas. Minha pesquisa é geralmente muito grande e, hoje, com as redes sociais eu busco através das hashtags pessoas para me inspirar. Dessa vez, eu ainda tive um consultor de supericos que me dava nomes para eu pesquisar e ir arquivando as fotos. A Odete tem uma forte inspiração na Miranda Priestly [protagonista de Diabo Veste Prada]. Já a Raquel, ela ser estampada, por exemplo, vem dessa inspiração dessas mulheres que existem.

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Debora Bloch como Odete Roitman (Globo/ Rudy Huhold/Divulgação)

E remakes, é mais desafiador ?

O remake exige mais cuidado, fazer um remake é muito difícil. Ainda mais quando era icônico na indumentária. A época eu realmente fico mais relaxada, porque eu domino mais. Inclusive, estou fazendo outra agora, mas ainda não posso passar detalhes. Mas o contemporâneo todo mundo opina, todo mundo é figurinista e, de certa forma, é bom porque eu tenho a escuta do público. 

Falando em público, você compartilha nas redes sociais os figurinos de cenas. Como tem sido essa interação?

O público tem reagido bem, tem curtido. E é muito bacana porque, às vezes, eles pensam coisas que eu nem tinha pensado. Eles relacionam coisas, por exemplo, uma cor com um sentimento, e que para mim tinha sido algo mais intuitivo. Eles são muito inteligentes e envolvidos. Claro, que falam mal também, são opiniões que eu tenho que ter escuta e ver o que está errado e o que está certo.

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Como começa o processo de montar os estilos e armários dos personagens?

Primeiro, recebo a sinopse e parto para uma conversa com os diretores e autores para ter uma diretriz. Então, eu vou para a pesquisa, que pode durar até dois meses. Aí, faço as pranchas de cada personagem, que são os moodboards, e envio para aprovação dos diretores. A partir disso, começo a pré-produção e vamos atrás de tecidos para confeccionar ou adaptar roupas compradas. Eu começo normalmente em São Paulo, vou para os outlets, como o Catarina Fashion. Mas, antes de ir pra São Paulo, eu faço uma agenda com previsão de quais lojas vou visitar para cada personagem, como um roteiro mesmo.

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Marie Salles e equipe, da esquerda para a direita: Carol Ressinger, Rafaela Pires, Natalia Burgos, Jessica Rezino e Rebeca Pinto (Globo/ Manoella Mello/Divulgação)

Quantas pessoas trabalham com você na produção e montagem dos looks?

Eu tenho 29 assistentes. São 30 pessoas ao todo. Durante a semana, recebemos o roteiro e anoto as roupas que vamos precisar produzir. Tenho assistentes que estão na rua justamente para ver itens para produção. 

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Alice Wegmann como Solange Duprat (Globo/ Gabriel Vaguel/Divulgação)
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Em Vale Tudo, qual foi a personagem mais difícil de montar o figurino?

Acho que a Solange, porque é uma personagem que todo mundo ama e é referência de estilo. Então, eu tinha que ter um respeito redobrado. Quando eu fui pra São Paulo, a prancha dela estava confusa. Foi a única personagem que a gente ainda não tinha fechado se ela ia ser muito moderna ou pouco moderna, porque o perfil dela mudou: antes ela era editora de uma revista e agora ela é diretora de uma agência de conteúdo. E aí, quando eu fui para brechós eu entendi que era isso, ela faz curadoria em brechós vintage de luxo ou não. E fez muito sentido até porque ela tem muito isso da sustentabilidade. Fomos para o Take Me Vintage, o Capricha À Toa, o B.Luxo, o Frou Frou Vintage, que eu amo, e vários outros. 

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