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Festival vai angariar fundos para reformar barco que navegava no Tietê

Com ações educativas, embarcação quer voltar aos trabalhos no rio Pinheiros, mas precisa de reforma de R$ 580 000

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h31 - Publicado em 24 set 2021, 06h00
Douglas, 57, e Victor, 37, posando para a foto sobre barco Almirante do Lago. Douglas está à esquerda encostado em um corrimão enquanto sorri e Victor está de braços cruzados e apoiando em outro corrimão, sorrindo. Atrás deles, o rio tietê e um dos viadutos do cebolão
Douglas, 57, e Victor, 37, no barco Almirante do Lago: festival virtual para angariar fundos de sua reforma acontece no Cebolão, entre as marginais, neste domingo (26) (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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A Meditação sobre o Tietê, poema de Mário de Andrade, será declamado por Pascoal da Conceição em um barco ancorado no Cebolão no domingo (26). O ator é uma das atrações do Festival Navega SP, evento virtual que será transmitido do encontro do Pinheiros com o Tietê para angariar fundos e reformar o barco Almirante do Lago.

O objetivo é retomar o projeto que, a partir de 2006, levou 34 000 estudantes e professores em passeios nas águas poluídas sobre conscientização ambiental. “Em 2012 perdemos um patrocinador e o barco estava fora da água. E aí roubaram fiação, cobre, alumínio, perdemos tudo que existia aqui dentro”, diz o diretor do Instituto Navega SP, Douglas Siqueira, responsável pela iniciativa. São necessários 580 000 reais para a reforma. Doações poderão ser feitas por pessoas físicas ou empresas. “Queremos voltar a fazer ao menos uma navegação por dia com 160 alunos”, diz Douglas.

O Almirante do Lago, que já foi até palco de desfile da São Paulo Fashion Week, tem 32 metros de comprimento e quase 7 metros de altura, com capacidade para 200 passageiros. Se tudo correr como planejado, o barco deve voltar a rodar no Pinheiros, alinhado à prometida despoluição do rio até 2022.

foto da frente do barco Almirante do Lago atracado no Cebolão, com um pouco de perspectiva de seu tamanho. Victor e Douglas aparecem pequenos na parte da frente do barco posando para a foto
Douglas e Victor no barco Almirante do Lago, que está atracado no Cebolão, entre os rios Pinheiros e Tietê (Alexandre Battibugli/Veja SP)

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“Na beira do Rio Sena, na França, e do Cheonggyecheon, na Coreia do Sul, existem equipamentos culturais ligados ao rio. A gente quer mostrar no festival o que sonhamos para o futuro”, diz o pesquisador da USP Victor Kinjo, também organizador. No domingo, ele, que é músico, apresenta uma música sobre o Tietê, com um videoclipe que percorreu os mais de 1 000 quilômetros do curso de água.

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O festival será transmitido pelo canal do YouTube da ONG a partir das 14 horas e conta com o apoio de entidades como a Sabesp. Organizações como a SOS Mata Atlântica e o Instituto Favela da Paz estão entre as convidadas, além de atrações de arte, dança, cinema e música.

O plano é que o festival se torne anual. “Certamente em 2022 teremos o segundo, com maior presença de público”, afirma Douglas. No próximo fim de semana o evento contará com quarenta convidados no barco.

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Publicado em VEJA São Paulo de 29 de setembro de 2021, edição nº 2757

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