Felipe Neto deu uma entrevista ao Jornal Nacional na última quinta-feira (30) sobre acusações falsas e de ameaças nas redes sociais desde que começou a fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
O influencer comentou sobre um ataque que recebeu em frente ao seu apartamento no Rio de Janeiro na terça-feira (29), quando um grupo parou um carro de som na entrada do condomínio onde ele mora e bradou mensagens de ódio. Um dos homens do grupo se identifica nas redes sociais como “Cavallieri, o guerreiro de Bolsonaro”.
“Virem atrás de mim, dentro da minha casa, é um nível de perseguição que eu não imaginei que aconteceria. Sabe aquele vilão de novela, que você fala assim: não existe na vida real? Mas existe. Ele está aí, ele acontece. E eu estou vendo agora na prática até onde as pessoas são capazes de ir”, afirmou Felipe.
Nos últimos anos, Neto passou comentar sobre política, com críticas frequentes ao PT durante o governo de Dilma Rousseff. No governo atual, também tem criticado duramente o presidente Bolsonaro. Nas últimas semanas, perfis em redes sociais, principalmente no Twitter, fazem montagens com publicações falsas para associar o youtuber a mensagens pedófilas.
“Não minta. Não tente atacar com ódio, raiva e vontade de arruinar a vida da pessoa. O que está acontecendo comigo hoje pode acontecer com sua família. Tenha responsabilidade usando as redes sociais. As pessoas manipulam justamente as que fazem o encaminhamento. Não seja manipulado por essa orquestra”, disse ele ao programa.
Felipe Neto é um dos maiores influenciadores digitais do país, com 63 milhões de seguidores nas redes sociais.
O New York Times, principal jornal dos Estados Unidos e um dos mais influentes do mundo, publicou na quarta-feira (15) um vídeo de Felipe dizendo que Jair Bolsonaro é o pior presidente do mundo no tratamento contra o coronavírus.