Espaços aconchegantes, arborizados, cheios de objetos antigos e atmosfera romântica. Essas são as características comuns às casas-museus espalhadas pela cidade. Com traços modernistas, elas levam o visitante de volta a década de 20. Confira abaixo essas e outras dicas do cenário da arte em São Paulo:
Oficina Cultural Casa Mário de Andrade
Chamada de Morada do Coração Perdido, a terceira e última residência de Mário de Andrade (1893-1945), na Barra Funda, abrigou o autor entre 1921 e 1945. Habitada também por sua mãe, irmã, tia e prima, a casa era frequentada ainda por seus alunos de piano e música. Atualmente, quem visita a oficina conhece curiosidades sobre a paixão de Mário por sapatos escoceses e sua produção de fotografia. Dica: vale a pena fazer o tour guiado – é gratuito.
Hoje um dos principais centros de tradução literária do país, a instituição está instalada onde o literato campinense (1890-1969) viveu entre 1946 e 1969. Encontra-se ali sua coleção pessoal de telas e gravuras presenteadas por pintores do modernismo, como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. A Sala Cinematographos oferece exibição semanal de filmes precedida por debates.
O espaço está sediado no belo casarão da Vila Mariana onde viveu o pintor modernista lituano (1891-1957). Os ambientes internos apresentam o acervo de sua produção em pintura e gravura, enquanto salas anexas recebem oficinas de artes. Até 20 de fevereiro, está em cartaz uma mostra da artista Liuba.
Enquanto esperava para atravessar uma rua de Coney Island, em Nova York, o fotógrafo Bob Wolfenson observou a massa de pessoas plantadas do outro lado da avenida. Um clique espontâneo foi o início da série feita em cruzamentos ou semáforos de quinze cidades do mundo. Entre os registros há engravatados em Londres e dezenas de moradores da Cidade do México. Impressas em longos painéis (alguns chegam a medir 10 metros), as imagens de Nósoutros mostram um dos grandes paradoxos humanos: o fato de sermos iguais e, ao mesmo tempo, termos aparência tão diferente. De terça (31), a partir das 19h, a 24 de fevereiro.
Acervo de Verão 2017, na Galeria Bolsa de Arte
Setenta trabalhos sobre manifestações da natureza estão expostos na mostra. A fotografia de Leopoldo Plentz, por exemplo, registra o Parque da Cachoeira, no Rio Grande do Sul, numa imagem que mais parece um desenho feito a lápis. A obra mais curiosa é de Shirley Paes Leme. Na plaquinha que explica como a peça foi feita, lê-se: “fumaça congelada sobre tela”. Até 23 de fevereiro.