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Dez curiosidades sobre Lasar Segall

O artista lituano, que ganha mostra especial em museu homônimo de São Paulo, casou-se duas vezes e era sogro da atriz Beatriz Segall

Por Livia Deodato
Atualizado em 5 dez 2016, 16h13 - Publicado em 22 mar 2013, 16h35

Pouco antes de estourar a Primeira Guerra Mundial, em 1914, o artista lituano Lasar Segall (1891-1957) decidiu fazer as malas e viajar para ao Brasil. Três de seus sete irmãos – Oscar, Jacob e Luba – já estavam instalados por aqui e instigaram o artista a se mudar. O ano era 1912 e Lasar tinha, então, 21 anos.

Já havia frequentado algumas das melhores escolas de arte em sua cidade natal, Vilna, capital da Lituânia, e também em Berlim, na Alemanha, e Amsterdã, na Holanda. Por isso, não demorou muito para alcançar o seu espaço em São Paulo: em março de 1913 aconteceu sua primeira exposição individual, em um salão alugado na Rua São Bento, 85, no Centro.

É esta mostra que agora marca o centenário da trajetória profissional de Lasar no Brasil e que o seu museu homônimo organiza uma retrospectiva em homenagem a ele: Lasar Segall – 50 Obras do Acervo e 60 Fotografias fica em cartaz até o dia 5 de maio e reúne os grandes trabalhos do lituano, que foi sogro da atriz Beatriz Segall.

Confira abaixo algumas curiosidades do artista, que morreu em 2 de agosto de 1957, vítima de infarte:

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1. Lasar Segall era o sexto de oito filhos do casal Esther Ghodes Glaser Segall e Abel Segall. Nasceu em meio à comunidade judaica de Vilna, capital da Lituânia, em 21 de julho de 1891. Naquela época, a cidade estava sob domínio da Rússia czarista.

2. Seu pai, Abel, era escriba da Torá, os livros do Antigo Testamento cujo manuscrito é em pergaminho e lido em cerimônias religiosas nas sinagogas.

3. Aos 15 anos foi para a Alemanha e por lá ficou por quatro anos. Estudou em Berlim e Dresden, onde frequentou a Academia de Belas Artes e teve o seu primeiro ateliê.

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4. Em 1912, aos 21 anos, Lasar viajou para o Brasil, onde já residiam três de seus irmãos, Oscar, Jacob e Luba. Veio de navio no fim daquele ano, saindo pelo porto de Hamburgo, na Holanda.

5. No ano seguinte, em março, Lasar ganhou uma exposição individual em um salão alugado no centro de São Paulo, na Rua São Bento. Nos trabalhos apresentados ali, já era possível notar o início de seu estilo, influenciado pelo impressionismo.

6. Em maio de 1913, deu aulas de desenho à jovem Jenny Klabin, futura escritora e tradutora, com quem iria se casar doze anos mais tarde, em junho de 1925.

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7. No final do ano, o lituano voltou à Europa. Deixou várias obras suas no Brasil – entre elas, Auto-retrato I (1911), com o político e mecenas Freitas Valle. Em Paris, fez longas visitas ao Museu do Louvre, em Paris, onde ficou por três semanas. Foi para a Alemanha e lá conheceu Margarete Quack, com quem se casou assim que a Primeira Guerra teve fim, em 1918.

8. Depois de uma temporada em Berlim, Lasar e Margarete voltam ao Brasil. Um ano depois, em 1924, separa-se de Margarete. Em junho de 1925, casa-se com sua antiga aluna, Jenny Klabin. O casal passa a lua de mel no Rio de Janeiro. Em dezembro, Segall e Jenny viajam para a Europa. Com ela tem dois filhos: Mauricio, nascido em Berlim em 1926, e Oscar, nascido em Paris, em 1930.

9. Em 1927, Lasar se naturaliza brasileiro.

10. Torna-se sogro da atriz Beatriz Segall (que casou com Maurício Klabin Segall, em 1954) e da galerista Raquel Arnaud (que foi casada com Oscar Klabin Segall, seu primeiro namorado).

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