Dança Sem Fronteiras promove inclusão e roda o mundo com espetáculos

Companhia acolhe pessoas com baixa visão e síndromes raras e venceu três prêmios em 2024

Por Luana Machado
24 dez 2024, 08h00
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Bailarinas em ensaio da Dança Sem Fronteiras: apresentações dentro e fora do Brasil (Leo Martins/Veja SP)
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A companhia Dança Sem Fronteiras, que objetiva a arte inclusiva e igualitária, teve uma temporada tão movimentada quanto os espetáculos que realiza há catorze anos. Criado pela dançarina e coreógrafa Fernanda Amaral, o grupo conquistou em 2024 um Unlimited — comissionamento londrino que celebra o trabalho de artistas com deficiência —, um prêmio Funarte e outro por sua trajetória no Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC).

“Circulamos com dois espetáculos, o Frestas Poéticas e o Ciranda de Retina e Cristalino, através do edital de manutenção da Lei Paulo Gustavo”, conta Fernanda. Neste ano, o grupo viajou para o Reino Unido (agosto) e a Patagônia (novembro), além de fazer apresentações em diversas cidades brasileiras.

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A coreógrafa e dançarina Fernanda Amaral (Leo Martins/Veja SP)

Com o método que usa técnicas de improvisação e de dança-teatro do DanceAbility, o qual recusa a existência de barreiras físicas e cognitivas na dança, a Dança Sem Fronteiras reúne um grupo fixo de cinco dançarinos, incluindo pessoas com baixa visão e síndromes raras.

Cintia Domenico, 33, está na companhia desde 2022, seguindo os passos do irmão, Gabriel Domenico. A dança entrou na vida dela aos 19 anos, quando foi diagnosticada com retinose pigmentar, uma doença congênita que danifica os olhos. Hoje, com 2% da visão, Cintia é bailarina profissional e residente na companhia. “A dança me proporciona coisas que foram além dos meus sonhos. Essa deveria ser a realidade em todas as escolas”, afirma a bailarina, que também ensina na Associação Ballet de Cegos Fernanda Bianchini.

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Integrante-fundadora da companhia, Lucineia Felipe dos Santos, 57, que lida com artrite reumatoide há quase quatro décadas, também recorda as conquistas. “Comecei a ter contato com a dança quando perdi a visão e passei a viajar pelo mundo com meu trabalho”, diz.

No próximo ano, a companhia retorna com os jams, sessões abertas de dança que permitem a participação ativa do público, na parte externa do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Não há limites para o Dança Sem Fronteiras.

Publicado em VEJA São Paulo de 20 de dezembro de 2024, edição nº 2924.

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