De olho nas transformações que ocorrem em algumas regiões da cidade, o curador Baixo Ribeiro, proprietário da Choque Cultural, decidiu convidar artistas para fazer intervenções e chamar a atenção da população para essas áreas.
A Barra Funda foi o primeiro bairro a ser lembrado pelo projeto, que teve início em outubro do ano passado. O principal objetivo é trazer à tona o processo de demolição de casas e o desaparecimento do comércio local que, aos poucos, dá lugar a condomínios fechados.
Um peixe gigante desenhado pelo argentino Tec e criaturas pinceladas pelo paulistano Presto se unem ao estacionamento imaginário de Regina Silveira, onde helicópteros, carros e insetos gigantes estão enfileirados no asfalto.
Convidada a participar da Bienal de Havana, que começa em maio, a artista gaúcha testou antes seu Fantasmata nos chãos da Barra Funda. Pintou as figuras com uma técnica pouco usual na sua carreira, o estêncil.
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Uma versão do Fantasmata ocupa também a Praça dos Correios, próximo ao Vale do Anhangabaú. A intervenção faz parte de outro protesto visual organizado no início deste mês por Baixo, em razão de uma poda que praticamente acabou com as árvores do local para dar espaço a um terminal de ônibus.
O estacionamento surreal de Regina Silveira recebeu a companhia de uma intervenção do coletivo BijaRi (confira o vídeo acima). Em breve, o local será ocupado também por uma instalação de plantas de Rodrigo Bueno.