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Superprodução infantil adapta texto de Tatiana Belinky

<em>Crônicas de Cavaleiros e Dragões - O Tesouro dos Nibelungos</em> tem quase oitenta figurinos, treze diferentes cenários e um boneco que solta fumaça

Por Bruna Ribeiro
Atualizado em 5 dez 2016, 16h13 - Publicado em 20 mar 2013, 16h33
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  • A escritora Tatiana Belinky ficou conhecida por seus livros infantojuvenis contemporâneos. Na mesma semana de seu aniversário de 94 anos, ela ganhou de presente a primeira peça de teatro adaptada de um de seus livros: Crônicas de Cavaleiros e Dragões – O Tesouro dos Nibelungos.

    Com direção de Kleber Montanheiro, o espetáculo retrata uma fábula medieval escrita no século XIII e ambientada em meados do século IV. A história contada por Tatiana em A Saga de Siegfried – O Tesouro dos Nibelungos (32 páginas, Editora Cia das Letrinhas, 1993) é sobre Siegfried, um rapaz que viaja o mundo em busca de emoção. Após matar um dragão, ele ganha um anel como recompensa – o problema é que o objeto está amaldiçoado. O herói precisa, então, passar por diversas aventuras para quebrar o feitiço.

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    Para criar no palco todo o clima fantástico e mitológico da narrativa, Montanheiro contou com colaboradores. Márcio Pontes produziu três bonecos gigantes que são manipulados pelo premiado Henrique Sitchin, da Cia. Truks. O cenário, composto por treze ambientes, é assinado por Carlos Colabone. Já a trilha sonora ficou a cargo de Aline Meyer.

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    A grandiosidade não para por aí. Nove atores usam cerca de oitenta figurinos em 75 minutos de representação. Efeitos especiais com luzes, sangue cenográfico e objetos voadores também perpassam a ação. Se ficou curioso sobre a concepção do espetáculo – ao contrário da escritora que preferiu não participar da adaptação para ter uma surpresa – confira abaixo a entrevista com o diretor:

    VEJASAOPAULO.COM Por que escolheram este livro entre tantas obras de Tatiana Belinky?

    Kleber Montanheiro Tatiana adaptou um mito que inspirou até O Senhor dos Anéis, de Tolkien. Os idealizadores Elder Fraga e Débora Correa queriam fazer algo fantástico. O meu trabalho e o tema do livro têm a ver com esse universo. Das obras de Tatiana, essa é a mais teatral, com personagens como dragões e anões.

    A peça é para adolescentes? Pensei em criar para todas as idades. Os adultos vão se identificar porque compreendem racionalmente os valores éticos da amizade, da confiança e da busca pelo poder. Os adolescentes já prestam mais atenção na forma como a história é contada, não linear, e cheia de mistérios. Já as crianças se interessam pelo visual. Um dragão de 3 metros de altura, por exemplo, chama a atenção.

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    Como foi o processo de criação da montagem? Quando comecei a imaginar a encenação, queria que tivesse a grandiosidade do épico. Pedi que o cenógrafo e o figurinista seguissem isso, para provocar a imaginação das pessoas. Há treze ambientes diferentes, que se movem o tempo inteiro, e quase oitenta figurinos. A ideia era deixar a peça dinâmica, cinematográfica. Os três bonecos de Márcio Pontes acompanham esse raciocínio. O primeiro dragão é manipulado por três atores, abre a boca e solta fumaça. O segundo voa por cima da plateia. O último é um cavalo em tamanho natural.

    E os efeitos especiais? São vários, todos criados com o aderecista e com uma equipe especializada. Há sangue feito de arroz, que ganha cor com a luz, espada flexível e lutas.

    A produção é grande. Como foi a captação de recursos? O Sesi contempla dois espetáculos por semestre, um jovem e um adulto. Normalmente a verba é em torno de R$ 500 mil. São grandes produções mesmo. Eles investem bastante, pois querem projetos elaborados.

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