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Comédia dramática ‘Azul Resplendor’ perde força no excesso de clichês

O espetáculo é protagonizado pelos experientes atores Eva Wilma e Pedro Paulo Rangel

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 15h46 - Publicado em 26 jul 2013, 19h41
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  • Apesar da proximidade geográfica, pouco se conhece sobre a dramaturgia latino-americana no Brasil. Escrita pelo peruano Eduardo Adrianzén, de 49 anos, a comédia dramática Azul Resplendor revela-se uma chance de entrar em contato com essa produção contemporânea. Pena que esse não seja um bom exemplar.

    Sob a direção de Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas, a montagem mostra os bastidores da preparação de um espetáculo. Blanca Estela (papel de Eva Wilma) é uma atriz aposentada que volta aos palcos graças à insistência de um ator medíocre (interpretado por Pedro Paulo Rangel).

    Fã incondicional dela, ele recebeu uma herança milionária depois da morte da mãe e decidiu bancar uma produção comandada pelo mais badalado encenador do momento (o ator Dalton Vigh) para a volta por cima de sua diva.

    Durante os ensaios, surgem a assistente frustrada (Luciana Borghi), o galã de novelas acéfalo (Felipe Guerra) e a atriz sensual (Luciana Brites).

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    Diante de tantos estereótipos, pouco aliviados pela direção, a trama sobre a decadência dos dois atores experientes desaparece.

    Eva e Rangel têm pouco espaço para brilhar, mas tiram partido de dois momentos: o comovente monólogo inicial dela e um diálogo na parte final.

    AVALIAÇÃO ✪✪

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