Organização social vai gerir Cinemateca e técnicos serão recontratados
Nome da entidade deve ser anunciado nas próximas semanas
A Cinemateca Brasileira passa a ter a gestão de uma organização social durante os primeiros três meses de 2021. O nome da entidade será anunciado nas próximas semanas, informou o secretário nacional do Audiovisual, Bruno Graça Melo Côrtes, à Agência Brasil.
Sob nova gestão, serão recontratados os cerca de quarenta funcionários especializados em preservação, documentação, pesquisa e tecnologia da informação, que trabalhavam para a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), última entidade a administrar a Cinemateca.
Em agosto, a União retomou as chaves do espaço e promoveu contratos para garantir a manutenção dos serviços de limpeza, climatização do acervo, segurança e controle de pragas. Foi quitada, em parcela única, a dívida de energia elétrica, importante para a preservação dos rolos de filmes mais antigos. Essa parte do acervo contém nitrato de celulose, passível de combustão espontânea se não é conservado em câmara com temperatura e umidade específicas.
“Houve, ao longo dos últimos anos, alguns imbróglios, dificuldades com as gestões passadas que resultaram na necessidade de a União, literalmente, retomar as chaves, retomar as rédeas e botar [a Cinemateca] para funcionar novamente”, declarou.
Segundo Côrtes, o chamamento público para a contratação da nova entidade a gerir a Cinemateca em definitivo deve sair no início do próximo ano.
A programação aberta ao público, suspensa desde o início da pandemia, deve ser retomada a partir do início da nova gestão. Cineastas, pesquisadores e outros profissionais interessados em utilizar o acervo ou a cessão de imagens também voltarão a ser atendidos.
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