Cinco filmes para jovens e adultos no Anima Mundi
Drama sobre a tragédia do 11 de setembro e animação anárquica feita com caneta esferográfica estão entre as opções para os mais crescidinhos
Boa parte das sessões competitivas do 21º Anima Mundi não é recomendada para menores de 14 anos. Trata-se de um sinal nada enganoso de que se produz cada vez mais animações para jovens e adultos no mundo. De dramas delicados a comédias “para marmanjos”, a programação do festival não evita nenhum nicho dos desenhos animados.
A seleção Spyke & Mike (sábado, 23h, no Espaço Itaú de Cinema 2), por exemplo, deve ser vista apenas por adultos – e por aqueles de estômago forte. A amostra do festival de “animação extrema” reúne curtas que tratam de temas polêmicos e/ou grotescos. No caso, a recomendação se faz ainda mais explícita: apenas para maiores de 18 anos.
Veja a seguir cinco dicas de curtas para jovens e adultos. Escolha uma das sessões e aproveite para descobrir os outros filmes que são exibidos em conjunto com eles:
– WILL, de Eusong Lee (EUA, 4min)
O diretor ainda era estudante na California Institute of Arts quando criou este tocante drama sobre uma criança que perde o pai na tragédia de 11 de setembro de 2011. Apesar do tema já um tanto manjado, o curta se destaca ao narrar o episódio por um olhar infantil, com delicadeza. Quando: sexta (16), 18h, Espaço Itaú de Cinema 1.
– FERAL, de Daniel Sousa (Portugal, 13min)
Ganhador de três prêmios no Festival de Annecy de 2012, a mais importante mostra de animação do mundo, a fita acerta ao usar um tom grave e intenso para narrar a história de um menino selvagem às voltas com a civilização. Quando: sábado (17), 20h, Cine Olido.
– I AM TOM MOODY, de Ainslie Henderson (Inglaterra, 7min)
O que pensa um músico no curto espaço de tempo entre subir em um palco e cantar os primeiros versos ao microfone? A animação mergulha no subconsciente de Tom Moody, um menino tímido que se tornou vocalista de uma banda. Conciso e surpreendente, trata-se de um dos melhores títulos da seleção. Quando: sábado (17), 22h30, Espaço Itaú de Cinema 3.
– EENTJE VOOR ONDERWEG, de Lander Ceuppens (Bélgica, 11min)
Em clima punk, o diretor belga usa apenas papel e canetas esferográficas para narrar o inusitado encontro entre um homem bêbado e suicida com… a morte. O tom anárquico é o charme da animação, que pode não agradar aos espectadores mais sensíveis. Quando: sexta (16), 18h, Cine Olido; sábado (17), 20h30, Espaço Itaú de Cinema 3.
– DER NOTFALL, de Stefan Muller (Alemanha, 14min)
O diretor alemão, que vive no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, costuma conquistar o público de festivais com um estilo de nonsense acelerado que combina diversas técnicas de animação para narrar uma história sobre as confusões incríveis que um jovem encontra ao ser hospitalizado nos Alpes alemães. Quando: sábado (17), 18h, Cine Olido.