Ao lado da Le Plat du Jour, outras companhias vêm renovando a linguagem do teatro infantil da cidade. Nas peças da Cia Truks (www.truks.com.br), os objetos costumam ganhar vida — uma garrafa térmica vira pinguim, um saco plástico pode ser uma água-viva e sachês de açúcar se transformam em peixinhos, entre outros exemplos. “É uma poesia visual feita para crianças”, explica Henrique Sitchin, fundador do grupo, criado em 1990. Outra trupe interessante é a Pia Fraus (www.piafraus.com.br), no circuito desde 1984. “Quando começamos, não tínhamos a intenção de focar o público infantil”, conta Alberto Andreetta, um dos idealizadores.
Com a boa repercussão da peça Bichos do Brasil, em 2002, porém, a Pia Fraus se especializou nesse tipo de trabalho. Desde então, foram mais de dez temporadas por aqui e exibições em quinze países. As performances com bonecos também foram enriquecidas com outros elementos, como dança, música e números circenses. “Quase não usamos diálogos, pois acredito que a imagem tenha mais força no palco”, explica. A Vagalum Tum Tum (www.ciavagalum.com.br) investe em montagens com histórias de Shakespeare. Detalhe: personagens clássicos ganham feições de palhaço. “Contamos o enredo do ponto de vista das crianças”, afirma Angelo Brandini, à frente da companhia, surgida em 2001. No momento, ela cuida da montagem de uma versão de Macbeth, que deve estrear na cidade até o fim deste ano.
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