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OLÁ,

Carlito Carvalhosa apresenta sua nova instalação, ‘Sala de Espera’

O artista paulistano vai ser o primeiro a ocupar o anexo do MAC, no edifício do antigo Detran, ao lado do fotógrafo Mauro Restiffe

Por Inara Chayamiti e Livia Deodato
Atualizado em 5 dez 2016, 16h16 - Publicado em 1 mar 2013, 20h06
Carlito Carvalhosa
Carlito Carvalhosa (Inara Chayamiti/)
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Há pelo menos três anos, o artista Carlito Carvalhosa vem amadurecendo a ideia da instalação Sala de Espera, que vai inaugurar o anexo do MAC, no edifício do antigo Detran, no próximo dia 9 de março. “Recebi o convite em 2010 e vim conhecer o anexo”, lembra. “Pensei muito sobre o que seria a paisagem ideal para esse espaço, projetado por Niemeyer, que parece ter uma dimensão infinita.”

Desde o início, Carlito pensava sobre a melhor forma de conduzir o público a um passeio em meio às 24 colunas modernistas construídas em 1954. Então, foi atrás de possíveis elementos que pudessem “conversar” com aquela estrutura cheia de vãos. Encontrou a resposta nos antigos postes de rua, feitos de madeira, e quase raros na cidade hoje em dia.

Setenta deles farão parte da instalação, que estarão invariavelmente na posição horizontal fazendo um contraponto com as colunas de Niemeyer. “Essas colunas brancas podem simbolizar a civilização, enquanto essas outras, que eu inseri, são aquelas que já fizeram parte da natureza e agora não mais”, comenta.

A nova ordem proposta por Carlito lembra uma floresta horizontal suspensa, o que dá um certo caráter fantástico, ficcional à Sala de Espera. O título da instalação faz alusão a esse estado, mas também pode servir para ilustrar a expectativa em torno da inauguração da nova sede do MAC por inteiro.

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Inaugurado em janeiro de 2012, depois de quase cinco anos de reforma, o museu oferece somente uma mostra do acervo no térreo e no mezanino, além desta de Carlito no anexo, junto ao fotógrafo Mauro Restiffe (abaixo), que registrou o andamento da reforma do edifício. No próximo dia 6 de março, mais uma exposição do acervo de cerca de 10 mil obras, incluindo relíquias de Di Cavalcanti, será aberta no 7º andar. Nos demais andares, o vazio ainda impera. O museu aguarda licitação para compra de um sistema de segurança e vigilância interna.

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