Blocos de Rua cobram da Prefeitura de SP distribuição de água e medidas sobre o clima

Movimento "As águas vão rolar" pede medidas preventivas para mitigar os impactos do calor extremo para não afetar a segurança dos foliões

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 fev 2025, 13h01 - Publicado em 4 fev 2025, 12h03
carnaval rua sp
Carnaval de rua de São Paulo tem recorde de blocos inscritos (Secom SP/Divulgação)
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Um grupo formado por mais de 70 blocos de rua do carnaval de São Paulo entregou à prefeitura da capital uma carta com uma série de exigências para a organização da folia. O movimento intitulado “As águas vão rolar” pede medidas preventivas para mitigar os impactos do calor extremo pode afetar a segurança dos foliões durante a festa. Entre as demandas está a distribuição gratuita de água.

A carta relata que nos últimos anos o Brasil tem enfrentado eventos climáticos extremos com maior frequência e intensidade, incluindo enchentes, alagamentos e temperaturas recordes. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2024 foi o ano mais quente já registrado, com a temperatura média global atingindo 1,55ºC acima da média do período pré-industrial.

A carta entregue à administração pede estratégias de prevenção e redução de riscos para grandes aglomerações.

“Ainda que a Prefeitura de São Paulo tenha a Operação Altas Temperaturas e possua um plano de contingência que estabelece uma série de medidas e ações para atender a população em caso de temperaturas ou sensação térmica maior que 32°C por 5 dias seguidos, é necessário que essa operação não tenha caráter somente emergencial, mas que promova medidas e ações de prevenção, especialmente para o período do carnaval de rua de 2025”, diz o documento.

Segundo o grupo de blocos, o plano a ser elaborado pela prefeitura deve ser feito de acordo com o Guia de Regras e Orientações e por um decreto que estabelece as atribuições e finalidades dos órgãos que compõem a comissão permanente de carnaval.

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Diante desse cenário, os blocos de rua reivindicam uma série de medidas, incluindo:

  • Instalação de pontos de acesso ou distribuição gratuita de água potável;
  • Fiscalização do cumprimento da Portaria nº 35/2023 do Ministério da Justiça, que determina acesso gratuito à água em eventos públicos;
  • Intervenção da Prefeitura junto à Ambev para garantir a comercialização de água a preços acessíveis;
  • Monitoramento e coibição de aumentos abusivos no preço da água mineral;
  • Flexibilização dos horários de concentração e dispersão dos blocos em caso de calor extremo ou chuvas intensas;
  • Definição de novas datas para eventos adiados devido a condições meteorológicas adversas;
  • Ampliação da infraestrutura de banheiros e limpeza pública nos blocos;
  • Implementação de um gabinete de crise para resposta rápida a desastres climáticos durante o Carnaval.

Os blocos argumentam que tais medidas são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos foliões e apontam que a responsabilidade pela mitigação dos impactos climáticos é do Poder Público, conforme estabelecido pela Constituição Federal.

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Por meio de nota a SPTuris informou que elaborou um plano de emergência para situações de chuvas intensas.

“Após a publicação no Diário Oficial da relação dos blocos e trajetos, serão agendadas reuniões com os organizadores para discutir questões relacionadas ao contingente de foliões em dias chuvosos, bem como outros detalhes que envolvem o planejamento da festa como ações de segurança, alternativas de evacuação e o apoio logístico. Considerando as altas temperaturas previstas para o período, a SPTuris informa ainda que está em constante diálogo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo [Sabesp] para viabilizar a criação de pontos de distribuição de água aos foliões dos blocos de rua”, diz o comunicado.

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