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Conheça a Bienal com roteiros adaptados para seu tempo disponível

Pensando em diferentes tipos de público e de tempo disponível, criamos roteiros diferentes para quem quer visitar a Bienal de São Paulo

Por Redação VEJINHA.COM
Atualizado em 1 jun 2017, 18h07 - Publicado em 28 set 2012, 17h42
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arthur-bispo-do-rosario_manto-de-apresentacao_sem-data (Divulgação/)
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Você ainda não foi à 30ª Bienal de São Paulo? Em cartaz no Parque do Ibirapuera desde o dia 7 de setembro e orçada em R$ 22,4 milhões, a mostra conta com 111 artistas expondo 2.900 obras ocupando o pavilhão projetado por Oscar Niemeyer.

Ou seja, ela é grande e a visita pode tomar muito tempo dos desavisados. Por isso VEJA SÃO PAULO fez roteiros para facilitar a vida dos visitantes que não têm muito tempo, ou paciência, a perder.

Além disso, damos informações e indicações para visitantes deficientes visuais, pessoas com baixa visão, deficientes auditivos, físicos, cadeirantes, deficientes intelectuais e pessoas com problemas psiquiátricos. Mais informações aqui.

Confira nossos roteiros e aproveite os últimos dias da Bienal:

POR TEMPO

Meia hora

O roteiro privilegia um pouco de tudo. Objetos, fotografia, pintura e escultura. Comece com duas obras no terceiro andar, mais duas no segundo e uma no primeiro piso. Colocadas em ordem a seguir:

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Precursor da fotografia alemã, August Sander (1876-1964) elaborou, na série Pessoas do Século XX, um catálogo da diversidade política e cultural do país por meio de 600 retratos.

Ícone do construtivismo brasileiro, Waldemar Cordeiro (1925-1973) é lembrado com esculturas, projetos paisagísticos e pinturas geométricas.

O sergipano Arthur Bispo do Rosário (1911-1989), que foi interno da Colônia Juliano Moreira, antiga instituição psiquiátrica do Rio de Janeiro, é o homenageado do evento. Há um grande conjunto de instalações de sua autoria, feitas com lixo e sucata.

Caçula entre os 111 artistas, a paulista Sofia Borges, de 28 anos, explora a manipulação de imagens e a relação entre ficção e realidade na fotografia.

Ex-aluna dos alemães Josef e Anni Albers, a americana Sheila Hicks aposta na delicadeza dos bordados. Há desde pequenos trabalhos abstratos até esculturas têxteis de grande porte.

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Uma hora

Aqui o roteiro se estende mais um pouco para o primeiro andar. Além dos 5 indicados na primeira lista, acrescente:

Irônico, o americano David Moreno reúne fotos das máscaras mortuárias de grandes personalidades do passado – escritores, políticos, filósofos, compositores – e coloca um megafone na boca de cada um.

A magnífica série Sobre o Vazio, do paraense Alberto Bitar, traz apartamentos sem nenhuma presença humana. Ao registrar os vestígios deixados pelos moradores, o fotógrafo traça uma reflexão sobre a memória.

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A sala do sueco Andreas Eriksson chama atenção pela presença de dois galhos de árvore com aparência frágil. Apenas ao se aproximar o espectador nota que a escultura é de bronze, e não de madeira. Nas paredes, pinturas de tamanhos variados completam o espaço.

 

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Duas horas

Com mais tempo você pode andar pelos andares com mais calma e curtir mais destaques. Além dos 8 indicados nas duas listas anteriores, acrescente:

O fotógrafo holandês Hans Eijkelboom monta grupos de imagens clicadas em grandes metrópoles do mundo, como Paris, Londres, Amsterdã e São Paulo. Cada um deles traz pessoas com padrões de roupas muito parecidos.

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Venezuelana de origem alemã, muitas vezes comparada a Mira Schendel, Gego (1912-1994) apresenta esculturas de arame e colagens sutis e miniaturizadas em papel.

Adepto de intervenções de impacto, o mineiro Thiago Rocha Pitta impressiona o espectador que acaba de subir a rampa em direção ao segundo andar. Ali ele simulou um deslizamento de terra.

Preto e branco são as cores utilizadas pelo argentino Eduardo Stupía em desenhos e telas abstratas de pinceladas fortes.

 

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Três horas

Com este roteiro você tem um panorama geral com alguns dos principais nomes da 30ª Bienal de São Paulo. Relaxe e aproveite sem pressa. Além dos 12 indicados nas duas listas anteriores, acrescente:

Representante da nova geração de pintores figurativos brasileiros na mostra, o carioca Eduardo Berliner exibe pinturas e desenhos que trazem elementos banais, como uma escada e até uma cartela de Dorflex.

Registros da vida do fotógrafo alemão Horst Ademeit (1937-2010) aparecem em polaroides repletas de anotações nas bordas, compondo assim uma paisagem de sua alma.

O artista mexicano Fernando Ortega fotografou um rio de seu país no qual uma pequena balsa faz a travessia. Coube ao músico e produtor inglês Brian Eno a missão de compor uma trilha sonora para a curta viagem pela água.

Conhecido como poeta, o chileno Juan Luis Martínez (1942-1993) também se arriscava nas artes visuais. Influenciado por Marcel Duchamp, ele tem expostos relevos de parede irônicos, feitos com brinquedos, fotos velhas e pedaços de instrumentos musicais.

As produções pictóricas da fluminense Lucia Laguna e do venezuelano Juan Iribarren estão expostas em salas vizinhas. As telas de ambos ficam em algum ponto entre a figuração e a abstração (no destaque, o quadro Paisagem Nº 51, assinado por Lucia).

Pinceladas delicadas, poucos elementos e tons monocromáticos caracterizam as telas do americano John Zurier, o artista mais dedicado ao silêncio de toda a 30ª Bienal.

A literatura é o tema de inspiração para o uruguaio Alejandro Cesarco, seja no vídeo Metodologia, no qual duas pessoas conversam sobre o grande escritor Juan Carlos Onetti (1909-1994), seja no “romance” formado pela reunião de índices onomásticos aleatórios.

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