Dois ativistas do grupo “Letzte Generation” (“Última Geração”) jogaram purê de batatas em um quadro de Claude Monet, da série “Les Meules“, neste domingo (23). A obra está em exposição no Museu Barberini em Potsdam, cidade próxima a Berlim, na Alemanha.
A pintura, protegida por vidro, é de 1890 e passou para a coleção Hasso Plattner, empresário alemão, do Museu Barberini, em 2019, após ser adquirida por US$ 110,7 milhões em leilão. Na semana passada, membros da organização “Just Stop Oil” despejaram sopa de tomate no quadro “Girassóis” de Van Gogh, da National Gallery, em Londres
Zwei Aktivist*innen von @AufstandLastGen kippen im Museum Barberini (Potsdam) Kartoffelbrei auf das Bild "Les Meules" von Monet und kleben sich danach am Boden fest. pic.twitter.com/0e8xK4M4EL
— Mario Sixtus 🇭🇰馬六 (@sixtus) October 23, 2022
A dupla aludiu a atenção gerada no protesto de Londres: “As pessoas estão morrendo de fome, as pessoas estão congelando, as pessoas estão morrendo. Estamos em uma catástrofe climática. E a única coisa que vocês temem é sopa de tomate ou purê de batatas em uma pintura”, afirmou a jovem.
“Você sabe do que eu tenho medo? Que a ciência diz que em 2050 não poderemos alimentar nossas famílias. É preciso purê de batatas em uma pintura para fazer vocês ouvirem? Essa pintura não valerá nada quando estivermos lutando por comida. Quando chegará o ponto em que vocês vão finalmente ouvir e não apenas continuar como se nada estivesse acontecendo?”, prosseguiu.
Am heutigen 23. Oktober wurde Claude Monets Gemälde „Getreideschober” durch zwei Aktivisten der „Letzten Generation” mit Kartoffelbrei beworfen. Da das Bild verglast ist, hat es der umgehenden konservatorischen Untersuchung zufolge keinerlei Schäden davongetragen. pic.twitter.com/Rn8EQsvPBS
— Museum Barberini (@MuseumBarberini) October 23, 2022
No twitter, o prefeito de Potsdam, o social-democrata Mike Schubert postou: “Isso é barbárie cultural e não uma declaração política. Você está prejudicando sua intenção”. Uma porta-voz do Museu Barberini em Potsdam, Carolin Stranz, disse em declarações à emissora regional “rbb” que o quadro de Monet em questão estava protegido por uma moldura de vidro.
Em publicação oficial, o museu ressaltou que o quadro voltará à exposição na próxima quarta-feira (26). Uma investigação foi aberta por danos à propriedade e invasão de propriedade, enquanto os jovens foram detidos temporariamente.