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OLÁ,

Artistas e curadores falam sobre o legado de Tomie Ohtake

Artista morreu aos 101 anos em decorrência de uma broncopneumonia

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h48 - Publicado em 12 fev 2015, 15h49
Tomie Ohtake - 2193
Tomie Ohtake - 2193 (Mario Rodrigues/)
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Uma das maiores pintoras do país, Tomie Ohtake morreu nesta quinta-feira (12) às 12h45 em decorrência de uma broncopneumonia. A artista tinha 101 anos e estava internada havia dez dias. Apesar de ter começado a produzir suas telas apenas quando tinha 40 anos, Tomie participou de vinte Bienais internacionais e recebeu quase trinta prêmios.

Aberto ao público, o velório será realizado nesta sexta-feira (13) no Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros, das 8h às 14h. Em seguida, seu corpo será cremado em cerimônia fechada aos familiares.

+ Tomie Ohtake morre aos 101 anos

+ As obras de Tomie Ohtake pela cidade

Artistas, críticos e curadores falam de sua importância:

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Paulo Pasta (artista plástico):

“Penso sempre como Tomie transformava a economia, a síntese, em poesia. Acho isso muito bonito no trabalho dela. Ela trouxe essa contribuição, de influência oriental, para a abstração no Brasil”.

Adriano Pedrosa (curador do Masp):

“Perdemos uma figura fundamental no abstracionismo no Brasil; a história da arte fica com sua obra, esta sim, marcada para sempre entre nós”.

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Paulo Miyada (curador):

“Além de grande artista, era uma pessoa extraordinária. Combinava persistência, força e calma de jeito único. Nos últimos meses falava que tinha deixado um grande legado e que podia descansar. Sua presença e conversas já deixam muitas saudades”.

Agnaldo Farias (crítico e curador)

“Foi uma das maiores artistas deste país. Contribuiu para o pensamento e a expressão da cor e do gesto na pintura. Confrontava geometria com elementos orgânicos de maneira única. Ela foi fundamental para o desenvolvimento do nosso olhar”.

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André Sturm (diretor do MIS)

“Era uma das grandes figuras da arte, principalmente de São Paulo, devido às obras públicas que fez para a cidade. Era uma mulher discreta, mas acredito que inspirou muita gente a seguir o caminho das artes”. 

Marcelo Araujo (Secretário de Estado da Cultura de São Paulo)

“Mais do que uma artista de qualidade inigualável, Tomie era ela própria um símbolo da nossa identidade cultural: imigrante, mas paulistana de coração; versátil em sua arte e empreendedora em suas técnicas, trabalhadora incansável – uma síntese de São Paulo”.

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Geraldo Alckmin (Governador do Estado de São Paulo)

“Tomie Ohtake será sempre lembrada por seu talento, sua generosidade e pelo exemplo de trabalho incessante. Japonesa de nascimento, brasileira de alma e paulista de coração, deixa sua marca na paisagem e nas artes de São Paulo.” 

Ivo Mesquista (curador)

“Perdemos um ser humano incrível, que tinha arte como motor de vida. Mas ela deixa uma obra completa, diversificada, tão consistente que é difícil falar de perda. Ganhamos muito com seu legado”. 

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Nara Roelser (galerista)

“O Brasil perdeu hoje uma de suas maiores e mais importantes artistas. Ela deixou um grande legado não só como artista, mas como pessoa humana, influenciando gerações”

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