Após tratamentos com acupuntura e cannabis, pinguins chegam ao Aquário de SP
Conheça Pretinho e Piratinha, os pinguins que chegam a São Paulo após resgate em temporada de encalhes no litoral brasileiro

Nesta terça-feira (2), o Aquário de São Paulo ganha dois novos moradores: os pinguins-de-Magalhães Pretinho e Piratinha, resgatados de uma temporada de encalhes no litoral brasileiro. Após um ano de tratamentos no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do Instituto Albatroz, em Araruama (RJ), os animais desembarcam na capital paulista e permanecem sob vigilância permanente de seus quadros de saúde.
Encontrados nas praias de Arraial do Cabo e Cabo Frio, no Rio de Janeiro, a dupla chegou ao CRD debilitada, desidratada e abaixo do peso, assim como centenas de pinguins vindos da Patagônia que buscam alimentos em águas mais quentes e encalham no Brasil.
Além do estado frágil, Pretinho apresentava uma alteração óssea na região lombar e Piratinha tinha lesões na vista e no tórax decorrentes de interação com hélice de embarcação.
Plano terapêutico com música
Com dor cônica e limitação de movimentos, Pretinho passou por uma série de terapias integrativas, como acupuntura, uso de óleo de cannabis, laser, moxabustão e terapia neural.
O animal teve respostas positivas ao tratamento, passando a ficar de pé, caminhar, nadar e interagir com outros pinguins. Ainda assim, Pretinho segue o plano terapêutico com sessões semanais, nas quais ouve canções da cantora irlandesa Enya.

Recuperação de Piratinha
O apelido dado à fêmea vem do corte linear no olho esquerdo, que acometeu pele, musculatura, osso e córnea. Além das lesões no olho, Piratinha apresentava ainda cortes na axila esquerda e na cauda. Após consultas oftalmológicas e uma sequência de terapias integrativas, como ozonioterapia e laserterapia, a ave perdeu a visão do olho esquerdo e parte de sua nadadeira. Agora, o animal se recupera no Aquário de São Paulo.