A catarinense Ana Vitória Mussi, de 75 anos, não se prende à verossimilhança da fotografia; ela altera e reinventa seus objetos e personagens. Em Lethe, Mnemosyne (Esquecimento, Memória, em tradução literal), quarenta trabalhos de sua autoria são exibidos. A mostra, na galeria Lume, entra em cartaz no dia 5 de abril. O lançamento acontece na noite anterior, das 19h às 22h, e é aberta ao público.
A exposição, com curadoria do espanhol Adolfo Montejo Navas, não tem tom retrospectivo e traz, em sua maioria, obras mais recentes. No primeiro núcleo, há fotografias que não precisam de uma maior aproximação. O segundo, que fica em uma sala, reúne itens como negativos. “A escala muda. É como se fosse o útero da imagem”, afirma Navas.
Uma das obras exibidas na exposição é O Boxeador (1972), parte da série Barreiras. Nela, é possível entender melhor a produção de Mussi. Depois de tirar a foto, a artista intervém. Os contornos do pugilista ficam menos nítidos e o espectador precisa olhar com atenção. “Ela iluminou somente as partes que queria. Você tem que adivinhar o que é”, explica o curador.
Lethe, Mnemosyne segue aberta à visitação até 12 de maio. O horário de funcionamento da galeria Lume é segunda a sexta, 10h às 19h; e sábado, 11h às 15h. A entrada é gratuita.