Avatar do usuário logado
OLÁ,

Mostra no Itaú Cultural traz história da arte de rua com grafites in loco

'Além das Ruas: Histórias do Graffiti' terá obras de expoentes do Brasil e de fora, algumas delas pintadas nas próprias paredes do espaço

Por Júlia Rodrigues
5 Maio 2023, 06h00
Além das ruas grafite exposição
O artista espanhol Saturno durante produção de grafite: dos muros ao museu (Leticia Vieira/Divulgação)
Continua após publicidade

Os grafites, vistos com frequência colorindo as paredes, os becos e as empenas de prédios da capital, são tema da exposição Além das Ruas: Histórias do Graffiti, que ocupa o Itaú Cultural a partir deste sábado (6). A mostra reúne 77 trabalhos, entre grafites e outros tipos de intervenção urbana, de 52 artistas de diferentes gerações e países, além de shows de hip-hop e oficinas.

O percurso, dividido em três andares, começa com uma retrospectiva da cena, desde as pinturas rupestres até a consolidação da street art em Nova York e, em seguida, na capital paulista. Descendo ao 1º subsolo, o público encontra trabalhos de diversas categorias da arte de rua, como murais e esculturas e, no 2º subsolo, obras inseridas no contexto do hip-hop, movimento que incorporou o grafite como uma de suas expressões.

+Masp abre mostra crítica sobre obra do pintor francês Paul Gauguin

O último andar é onde T-Kid, artista nova-iorquino considerado um dos pioneiros da street art, expõe um grafite feito especialmente para a mostra. Em vez de colorir com tinta spray os metrôs da metrópole americana, como fazia nas décadas de 70 e 80, ele pinta sobre um veículo cenográfico, na obra intitulada The BreakDance Car (2023).

grafite t-kid
Metrô pintado por T-Kid na década de 80: representante nova-iorquino (Acervo T-Kid/Divulgação)
Continua após a publicidade

Outros artistas nacionais e internacionais, como o espanhol Saturno e o mexicano Farid Rueda, e os brasileiros Katia Suzue e Cranio, também apresentam obras feitas diretamente nas paredes e distribuídas pelos andares do prédio. “Nossas obras ficam nas ruas, são trabalhos efêmeros, que são apagados. Isso faz parte do nosso dia a dia. Se não fizéssemos dessa maneira, não alcançaríamos a autenticidade que buscamos”, explica Binho Ribeiro, grafiteiro e curador da exposição, que também assina uma obra feita in loco. O acervo ainda conta com reproduções de murais do Kobra e da dupla OSGEMEOS.

Publicado em VEJA São Paulo de 10 de maio de 2023, edição nº 2840

Compartilhe essa matéria via:
Continua após a publicidade

 

Publicidade