Protetor solar: por que o item é essencial, principalmente no verão?
Dezembro Laranja reforça a importância da fotoproteção em um País com alta incidência de câncer de pele. O alerta vale mesmo em dias nublados e dentro de casa
O verão mal começou e o lembrete de que é preciso proteger a pele dos efeitos nocivos do sol já está ligado no volume máximo. Não à toa, dezembro é marcado pela campanha Dezembro Laranja, dedicada à conscientização sobre a prevenção do câncer de pele, o tipo mais frequente no Brasil.
O alerta é mais do que bem-vindo: dados do Ministério da Saúde apontam que o câncer de pele é responsável por 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
No entanto, pesquisas mostram que apenas 2,5% da população brasileira aplica protetor solar ao menos uma vez por semana, um índice preocupante em um país tropical.
O tema ganhou tanta relevância que, em 2025, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o protetor solar na lista de itens essenciais para a população, reforçando que esse cuidado básico pode reduzir significativamente o risco de doenças.
Proteger-se é preciso: mesmo em casa ou no inverno
Se você pensa que o protetor só deve ser usado na praia ou na piscina, a dermatologista Dra. Juliana Palo, da clínica Skinstitute, faz um reforço: a radiação solar está presente todos os dias.
“Mesmo em dias nublados ou dentro de casa, há incidência de radiação capaz de provocar manchas, inflamações e acelerar o envelhecimento da pele. Por isso, essa proteção diária é importante para a saúde da pele”, explica a médica.
Ela é categórica: o protetor deve ser usado diariamente por todas as pessoas, inclusive em ambientes internos e dias nublados. A reaplicação a cada duas horas é fundamental para garantir a eficácia total do produto.
Como acertar na escolha e na aplicação
Para incorporar o protetor solar na rotina, o primeiro passo é entender qual fórmula funciona melhor para o seu tipo de pele. O Fator de Proteção Solar (FPS) deve ser, no mínimo, 30.
A Dra. Juliana Palo explica que, embora haja diferença entre FPS 30, 50 e 70, a proteção só se concretiza se a aplicação for na medida certa. “No rosto, por exemplo, o ideal é o equivalente a uma colher de chá”, ensina.
A textura do produto também deve combinar com o comportamento da pele:
Peles oleosas ou acneicas: Dê preferência a filtros com textura aquosa e sílica na formulação.
Peles secas ou sensíveis: Protetores físicos tendem a causar menos irritação.
Peles com manchas ou melasma: O ideal é usar protetores com cor, pois eles oferecem proteção contra a luz visível (incluindo a das telas de celular e computador). “O protetor sem cor não tem uma proteção ideal contra a luz visível”, ressalta a dermatologista.
Inovações e hábitos que turbinam a proteção
O mercado de fotoproteção tem investido em inovações que facilitam a vida, como texturas em bastão e spray. Os bastões, por exemplo, são ideais para quem pratica atividades físicas, pois têm ótima fixação, cobertura uniforme e resistem melhor à água e ao suor.
Além do filtro solar, outras atitudes simples ajudam a blindar a pele:
Evitar a exposição entre 10h e 16h.
Usar óculos escuros.
Usar chapéus e roupas com proteção UV.
“A fotoproteção é uma forma de evitar doenças sérias e preservar a vitalidade da pele ao longo dos anos. É um hábito simples que faz toda a diferença”, conclui a Dra. Juliana Palo.
Intrigas e ciúmes nos bastidores da excomunhão do padre Wilson Vitoriano





