A Tok&Stok, rede de varejo especializada em móveis, enfrenta uma dívida estimada em 350 milhões de reais. A crise veio à tona em fevereiro, quando a empresa se tornou alvo de uma ação de despejo após atrasar o aluguel de um imóvel em Extrema (MG), onde operava um centro de distribuição. A dívida foi paga e a ação, encerrada, mas 17 unidades fecharam as portas desde então – a marca tem 51 em operação. Para auxiliar no desafio, a Tok&Stok contratou a consultoria Alvarez & Marsal, especializada em reestruturação financeira. A estratégia é retomar a essência de quando foi fundada em São Paulo, em 1978, pelo casal francês Régis e Ghislaine Dubrule. “Nos últimos cinco anos, tivemos sucessivos CEOs que tentaram inovar na área digital, mas não podemos esquecer as lojas físicas, o contato com o cliente”, diz Ghislaine, que retornou à presidência do grupo neste mês. “O varejo exige controle e gestão de processos, e isso não foi monitorado”, ela afirma.
A companhia renegociou a dívida com bancos credores, como o Santander e o Banco do Brasil. Em junho, recebeu um aporte de 100 milhões de reais do fundo norte-americano Carlyle — que tinha comprado 60% da varejista em 2012 por 700 milhões. A boa notícia: a marca registra um caixa positivo em 2023. “O reconhecimento dos paulistanos nos motiva a continuar. Construímos uma memória afetiva forte com a cidade”, diz a executiva, sobre o prêmio da Vejinha.
1°: Tok&Stok, 31,9%
2°: Camicado, 15,4%
3°: MadeiraMadeira, 12,7%
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Publicado em VEJA São Paulo de 25 de agosto de 2023, edição nº 2856