O funcionário público catarinense Ricardo Michels Silva, de 27 anos, percebeu como a vida pode ser complicada para um canhoto ao observar a ex-namorada tentando descascar uma laranja. Também ouvia queixas da moça sobre o esforço para manejar tesouras e canetas. Por ser destro, nunca precisou enfrentar esses obstáculos. Após pesquisar sobre o mercado, decidiu abrir a “No Destro“, uma loja virtual exclusiva para canhotos.
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A marca existe há quase um ano e vende itens a exemplo de canetas, tesouras, canecas, cadernos e estiletes. Todos adaptados para canhotos. Nos primeiros meses do negócio, Silva faturava entre 500 e 700 reais por mês. Em dezembro deste ano, com a ajuda do Natal, embolsou 16 000 reais. “Temos até produtos esgotados. Precisarei comprar mais para atender a demanda”, diz.
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O item mais procurado é o abridor de latas (22,89 reais). Até agora, foram comercializadas 300 unidades. “Recebo ainda pedidos para incluir na loja facas, saca-rolhas, descascadores e apontadores de lápis”, afirma.
Por enquanto, o rapaz comanda sozinho a empresa. Trabalha até de madrugada para atender os pedidos, embalar encomendas, responder e-mails. Concilia o site com a carreira de funcionário público em Camboriú.
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Ele abastece o negócio revirando catálogos de empresas que possuem produtos adaptados. Também confecciona alguns, como as canecas e os cadernos. “Pedi para um amigo, dono de uma gráfica, fabricar os cadernos”, diz. Motivado pelo sucesso do empreendimento, planeja expandir o negócio e aumentar seu estoque que, por enquanto, está instalado em um cômodo da sua casa. “Também tenho pesquisado sobre itens voltados a deficientes físicos”, conta.