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Comerciantes aderem à lei antiplástico e reclamam de falta de alternativas

Estabelecimentos terão até o dia 1º de janeiro de 2021 para substituir itens descartáveis de plástico, como pratos, copos e talheres

Por Gabrielli Menezes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 09h46 - Publicado em 15 jan 2020, 17h30
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  • O prefeito Bruno Covas (PSDB) sancionou, no dia 13, lei que proíbe a distribuição de itens descartáveis feitos de plástico em comércios da cidade. Empresários de estabelecimentos que conversaram com VEJA SÃO PAULO prometem aderir à lei, mas esperam uma resposta da indústria com oferta maior de produtos biodegradáveis.

    O projeto da lei antiplástico, de autoria do vereador Xexéu Trípoli (PV), veta copos, pratos, talheres e “agitadores” de bebida. Os comerciantes têm até o dia 1º de janeiro de 2021 para se adaptar às regras. Depois da data, os estabelecimentos que fornecerem os produtos poderão ser multados em até 8 000 reais (em caso de persistência) ou ter seu negócio fechado. Foodtrucks e operações de delivery também terão que se ajustar à novidade.

    Rogerio Betti, dono de negócios como o fast-food Sheikh Burger, concorda que é necessário diminuir a quantidade de lixo gerado. “Acho que a indústria também vai se mexer para oferecer soluções sem aumentar o custo“, acredita o empresário, que terá que trocar os copos usados para servir cerveja e milk-shake.

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    Unidade da Sodiê Doces: os pratinhos de plásticos devem ser aposentados (Divulgação/Divulgação)
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    Em nota, a confeitaria Carlo’s Bakery informa que sua principal linha de embalagens já é de papel. Com a nova lei, no entanto, a empresa terá que pensar numa solução para os talheres de plástico. Para eles, “a ação é bem-vinda e necessária, porém o mercado precisa achar uma solução, funcional e financeiramente viável, para essa mudança”.

    Com mais de 300 lojas pelo Brasil, a rede Sodiê Doces se comprometeu a substituir pratinhos, copos, garfos e mexedores de café por opções feitas de materiais biodegradáveis ou reutilizáveis não só nas unidades de São Paulo, mas do Brasil inteiro.

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    Carlos Bakery: talheres plásticos serão substituídos (Alexandre Battibugli/Veja SP)

    O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em São Paulo (Abrasel SP), Percival Maricato, elogia a medida. “Trata-se de um esforço válido pelo meio ambiente. O impacto econômico será muito baixo. Não será significativo. Além disso, a lei prevê um prazo razoável de adaptação, até 2021. Vai permitir que bares e restaurantes terminem com seus estoques e façam as adequações necessárias“, acredita.

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    A Plastivida (Instituto Socioambiental dos Plásticos) divulgou um posicionamento contrário à mudança. “Temos total convicção de que a vilanização de um determinado produto não promove a mudança no hábito de consumo e descarte das pessoas. O que faz isso é a informação científica e a Educação“. Para o instituto, a pior parte da proibição é que “o mercado pode colocar no lugar do plástico outras diversas opções de infinitos tipos de materiais, nem sempre recicláveis, que irão parar nos esgotos, rios, mares e ruas da mesma forma“.

    Alguns bares e restaurantes da cidade já se preocupam com a questão e usam produtos descartáveis feitos de materiais biodegradáveis. Entre os exemplo estão a cafeteria the little coffee shop e a rede de hamburguerias Bullguer.

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