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Bares para badalar no Itaim

Noite boemia do bairro reúne opções para todas as turmas, como o Eu Tu Eles, com fitinhas do Senhor Bonfim no teto, e o Wall Steet Bar, que imita uma bolsa de valores 

Por Veja São Paulo
Atualizado em 14 Maio 2024, 14h43 - Publicado em 2 nov 2012, 12h54
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  • Ao cair da noite, pode ser bom encontrar um endereço para curtir um som, tomar alguns drinques e, quem sabe, se envolver numa troca de olhares. O Itaim Bibi abriga pontos gastronômicos super bacanas, como o enorme mercado gourmet Eataly, o restaurante Jamie’s Italian e a sorveteria Davvero Gelato Tradizionale, e serve os moradores da região com vários endereços bem badalados para escapar do tédio. 

    + Drinques em jarra para compartilhar 

     

    Azucar: as casas dedicadas aos ritmos latinos já tiveram dias mais gloriosos na cidade. Herói da resistência, o Azucar ainda atrai uma clientela fiel com suas noites dedicadas à salsa, ao merengue e a seus congêneres. No salão de decoração um tanto kitsch, com paredes de tons quentes repletas de quadros, colunas ornamentadas e lustres de cristal, o clima começa a esquentar a partir das 10 da noite. É nesse horário que o público, em sua maioria gente que já passou dos 40, deixa as mesas para deslizar os pés na pequena pista. Há quem chegue mais cedo para explorar o cardápio e se depara com uma porção de mini-hambúrgueres com tomate e maionese de abacate ou rolinhos de frango servidos ao aldo de um creme azedo. Pedida certeira entre as bebidas, o mojito ganha versões com morango, blueberry e abacaxi. 

    Banana Café: trata-se de um lugar, digamos, “tropicaliente”. Tecido com estampa de folhas nas paredes, cachos de banana de madeira e um jardim vertical compõem a decoração selvagem da casa. Esse bonito ambiente ficou a cargo do badalado designer alemão Rudolf Piper, que transformou o arejado prédio do início do século XX em um ponto bem chamativo no Itaim Bibi. Não à toa, o espaço aberto em dezembro já vive bombado de um público animado na faixa dos 30 anos, o que não exclui da festa um ou outro cinquentão. Talvez sejam velhos frequentadores do antigo Banana Café, que funcionou até o fim dos anos 90 a poucos metros dali. Na nova encarnação, o clima de baladinha do passado deu vez a uma botecagem repleta de troca de olhares. Enquanto flertam, moças e rapazes podem petiscar a linguiça tostadinha por fora com pimenta biquinho e bebericar o chope Heineken servido bem gelado. 

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    Bardega: grandioso, o bar ocupa uma área de 370 metros quadrados e seduz o público pela oferta de vinhos em taça. São 110 sugestões, garimpadas de vinte importadoras. Noventa e seis delas ficam armazenadas em doze máquinas italianas Enomatic. Entregue na chegada, o cartão de consumo possui um chip que aciona as máquinas — o que permite que o cliente controle seus gastos e se sirva sem o auxílio do garçom. Os rótulos podem ser degustados em doses de 30, 60 e 120 mililitros. Atenciosos sommeliers de plantão indicam boas opções, como o branco francês Olivier Lefaive Saint-Aubin 1er Cru Dents de Chien 2009, da Borgonha. 

    Brexó Bar e Cozinha: se a intenção é bater um papo tranquilo, dê meia-volta, sobretudo se for sexta ou sábado. Por outro lado, caso a vontade seja de paquera e badalação, você encontrou o local certo. Em grandes grupos, rapazes e moças de 20 e poucos anos fazem uma escala no endereço antes da balada. A muvuca fca maior na calçada, de onde se avista o movimento da esquina das ruas Tabapuã e Mário Ferraz. No salão, cadeiras coloridas e inscritos em neon do tipo “lavô tá novo!” deixam o clima mais animado. Intensificam essa atmosfera os coquetéis preparados com o objetivo de “esquentar” a galera, sem muitas pretensões mixológicas.

    Charles Edward: hits disparados por bandas de pop rock formam a atmosfera do lugar, um longevo centro de azaração para quem já passou dos 40. Da parruda seleção de destilados podem ser pedidas doses de conhaque Hennessy V.S.O.P. ou do uísque Chivas 12 anos que deixam a noitada ainda mais alegrinha. Se quiser matar a fome, experiemente pedir o mushroom jack é um mix de cogumelos shiitake, shimeji e de paris flambados em uísque americano e vinho branco em um untuoso molho de creme de leite.

    Coisa Boa
    Coisa Boa ()

    Coisa Boa: a primeira impressão é que se trata apenas de mais um típico bar do Itaim, com ambiente tão arrumado quanto ruidoso, por onde circulam rapazes enfiados em suas camisas polo e moças de pernoca à mostra em saias curtinhas. Que nada! Eis um dos bons lugares da cidade para tomar uma cerveja especial. Atrai os olhos a grande gôndola refrigerada que se espicha pelo canto esquerdo do salão, repleta com cerca de 150 rótulos. Basta pegar uma delas e retornar à mesa que o garçom não demora a trazer o copo apropriado e um abridor. 

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    Dezoito Bar: a localização, os carrões na porta, o segurança de terno e a hostess com cara de poucos amigos são um prenúncio de que este é um lugar para quem tem uma conta polpuda no banco. Moças perfumadas e rapazes recém-saídos dos escritórios da região compõem a maioria do público, que se acomoda no longo sofá recostado na fachada de vidro ou em mesas altas posicionadas mais ao centro do salão. Quem chega depois das 20h, porém, difcilmente consegue um assento e não se furta a curtir de pé mesmo. Afinal, trata-se de um lugar de paquera, com luz baixa e música alta executada por bandas de pop rock e DJs de house music. O cardápio de bebidas dá ênfase aos drinques, que predominam misturas adociadas. 

    Espírito Santo: de alma lusitana, o bar-restaurante é procurado por uma turma que não se importa em desembolsar umas notas a mais para exercer a botecagem. Seja no salão de ar colonial, seja nas mesas da calçada, o público que já passou dos 30 anos costuma esvaziar vários copos de chope Brahma muito bem tirado, com três dedos de um espesso colarinho. Bom casório se faz junto dos apetitosos, úmidos e pequeninos seis croquetes de carne.

    + Bares com mais de dez torneiras de chope 

    Eu Tu Eles - Bar
    Eu Tu Eles – Bar ()

    Eu Tu Eles: a casa evoca a simplicidade. Tem parede de taipa, milhares de fitinhas do Senhor do Bonfim penduradas no teto e mesas de madeira desgastada. Mas não se engane. Trata-se de um ponto de encontro de animadas turmas de estilo playboy que optam por pedir uma garrafa de cerveja Original para ser esvaziada em copo americano. As bebidas chegam na temperatura certa e fcam conservadas em balde de gelo. Duas outras boas pedidas líquidas: a batida cremosa de limão e o drinque fratelli, de vinho branco, uva-itália, hortelã e Fernet, de toque azedinho e herbal.

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    Hecho en Mexico: Um bom lugar para quem está em busca de comes e bebes à la mexicana. Depois de ultrapassar um corredor, descole um lugar no salão típico (leia-se: decorado por sombreiros, cactos, caveiras…) ou na área externa, com direito a chafariz. A petiscagem começa com totopos crocantes acompanhados de guacamole com pouco tomate ou com a mussarela derretida que esconde cubos de linguiça para ser devorada junto de tortilhas de milho. O time etílico inclui a margarita servida em copo baixo encrustado de sal grosso. 

    Ilha das Flores
    Ilha das Flores ()

    Ilha das Flores: trata-se de ponto estratégico para uma escapadela do trânsito da Marginal Pinheiros nos fins de tarde. Aninhado em uma rua sem saída, no acesso ao túnel para quem vai cruzar o rio sentido Avenida Juscelino Kubitschek, o bar é reduto de uma clientela abonada, que vai de jovens engravatados a senhores de camisa polo e mocassim. As mesas mais procuradas ficam na varanda protegida por um toldo bordô, cor que também pontua a decoração interna, seja nos papéis de parede de estampa floral, seja no estofado das cadeiras. Caprichado, o cardápio traz entre as sugestões uma reinterpretação do clássico filé à oswaldo aranha, em que um turnedô na manteiga, sem nenhuma cobertura de alho, chega à mesa guarnecido de arroz misturado a batata palha, farinha e ovos. 

    Kia Ora: o galpão vermelho de esquina, a poucos passos da Avenida Juscelino Kubitscheck, se mantém frme e forte como destino de mulheres produzidas e meninões sarados dispostos a um flerte. Tem na ambientação um palco, onde shows de pop rock servem de pretexto para a paquera, e um punhado de referências à Austrália e à Nova Zelândia. Não faltam alusões a esses dois países da Oceania, como os motivos tribais nas paredes, as camisas de rúgbi dos garçons e as placas e bandeiras espalhados por todos os ambientes. Tem até petisco com toque típico, caso da porção de torradas cobertas de queijo e Vegemite (uma pasta de levedura tradicional naquele canto do planeta), e cerveja Coopers Pale Ale. 

    La Maison Est Tombée: Funciona sem parar do almoço até a madrugada, mas só começa a ficar concorrido a partir das 8 da noite. É quando o público, na altura dos 30 e poucos, aparece todo arrumado em busca de badalação. Propositalmente, as mesas são dispostas na diagonal para facilitar a interação — não é bagunça, não —, e azulejos brancos nas paredes dão um clima nostálgico de brasserie. Da linha etílica, há o chope Brahma tirado na medida, mas as melhores opções são os coquetéis. Duas misturas garantidas: o dandy monsieur, gim-tônica aromatizado com casca de laranja-baía, fava de baunilha e açafrão, e o equilibrado pomme martíni, nome afrancesado para o apple martini.

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    Louis
    Louis ()

    Sí Señor: criado em 2006 por Eli Abada, transformou-se na maior rede de endereços tex-mex paulistana, com unidades em Higienópolis, Moema, Cerqueira César, Pinheiros, Santana e Itaim — há outras, fora da cidade. Em todas elas predomina o estilo de casual dining, com música animada, ambiente escurinho e atendimento informal. Uma das sugestões, o chili (cozido de carne moída e feijão) vai à mesa ao lado de uma porção de nachos (tortillas de milho crocante). Para se refrescar, há cervejas mexicanas Dos Equis e Sol.

    Skull Bar: em plena Rua Amauri, com acesso por elevador, eis que surge um bar com pinta de underground que à primeira vista não parece pertencer ao endereço no qual está instalado. Repleto de caveirinhas, seu salão tem luz baixa, algumas paredes de tijolos à mostra, outras decoradas com grafte, além de música animada que alterna entre rock, house e disco. Um palco, ladeado por dois camarotes, recebe shows de pop rock. Basta começar o vaivém de gente engomadinha na faixa dos 30 anos para dar aquela sensação de que tudo está em seu lugar. 

    + Relembre bares que marcaram época em São Paulo 

    Tatu Bola
    Tatu Bola ()
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    Tatu Bola: compõem o visual mesas de madeira de demolição, objetos garimpados em feiras de antiguidade e o teto coberto por 75.000 fitinhas do Senhor do Bonfim — penduradas uma a uma em linhas de pesca. Quem gosta de dar uma de churrasqueiro vai aprovar o espetinho de linguiça calabresa defumada, que chega em um réchaud de cerâmica no formato de um porquinho. Há catorze sugestões do caipirinha, que incluem a correta versão de jabuticaba

    The Sailor: a temática náutica predomina nos três pisos do imóvel da Avenida Faria Lima onde está instalado este bar com atmosfera de pub. O primeiro deles, dotado de palco onde bandas de rock e de pop rock tocam de terça a sábado, é o mais muvucado. Sobe um lance de escada para alcançar o segundo, que tem ares de mezanino vip, e mais alguns degraus levam ao último, onde fcam algumas mesas e um simpático terraço com vista para os prediões do entorno. Seja qual for o ambiente, um pessoal na casa dos 30 anos deixa tudo mais animado e barulhento, embalado por canecas de chopes Brahma e Stella Artois. No decorrer da noite, também se bebem drinques como o jack & jerry, que equilibra Jack Daniel’s, licor Cointreau, Carpano, grapefruit e bitter.

    Torero Valese
    Torero Valese ()

    Torero Valese: tudo conspira para uma aprazível noite a dois, a começar pelo ambiente de teto baixo, iluminação discreta e velas nas mesas. Além da música suave, ouve-se o tilintar de taças preenchidas com sangria. A equipe do chef Juliano Valese fisga pelo estômago com receitas de sotaque ibérico. Algumas sugestões estimulam o compartilhamento, caso do pulpo a la galega, uma panelinha de polvo temperado com pápricas doce e picante, azeite e for de sal, na companhia de batatas.

    Vacaveia: quem passa na frente da casa de esquina à tarde, período em que o boteco fica mais vazio, mal imagina a muvuca formada por lá no almoço e, principalmente, na happy hour. Tradicional ponto de azaração de trintões, o lugar completa uma década de vida neste ano sem perder força no movimento. Para começar os trabalhos, peça logo de cara uma cerveja em garrafa de 600 mililitros a Original ou de quase 1 litro da Quilmes, servidas em copinho americano. No meio da bebedeira, vão bem os bastões de tapioca e queijo de coalho acompanhados de molho adocicado de pimenta. 

    Vermont Itaim: trata-se de um endereço GLS do bairro. De terça a sábado, meninos arrumadinhos e meninas despojadas misturam-se por lá. Aos domingos, porém, o predomínio é feminino. Para fazer um agito ao vivo, o Samba de Rainha e Meninas do Ressaca são grupos que se revezam a cada domingo. O combustível para tanta animação vem das long necks Stella Artois. Prove o sanduíche batizado de ibiza, de presunto e queijo cremoso no pão de fôrma, acompanhado de batata frita.

    Wall Street Bar: uma imitação da famosa estátua de um touro, a Charging Bull (um dos símbolos de Wall Street, em Nova York), adorna a entrada. Aqui, o preço das bebidas oscila conforme o número de pedidos, imitando uma bolsa de valores. Os clientes comandam a brincadeira de terminais de touch screen instalados nas mesas e acompanham a “cotação” nos letreiros eletrônicos nas paredes.

    + Bar dedicado ao gim-tônica é inaugurado nos jardins 

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