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Expansão turca: grupo Salonu prepara-se para mais duas estreias na cidade

Os sócios já são donos de quatro endereços de inspiração no Oriente Médio

Por Gabrielli Menezes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 09h11 - Publicado em 19 out 2018, 06h00
Os sócios Libbos e Caffarena, na hamburgueria Islak: parceria de sucesso (Alexandre Battigugli/Veja SP)
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Quando o kebab ainda era pouco divulgado na cidade, o chef e empresário Rodrigo Libbos, paulistano de origens turca e libanesa, já enxergava potencial nessa carne assada no espeto, que se popularizou na forma de um sanduíche enrolado. Com a ajuda dos pais, tocou, entre 2007 e 2012, na Rua Augusta, seu primeiro espaço dedicado à pedida, o Kebab Salonu, onde começou a criar know-how na área. O sucesso mesmo veio no fim de 2014, quando ele reinaugurou a casa no Sumarezinho, em roupagem mais enxuta e informal do que na primeira tentativa e com a chegada do chef Fred Caffarena e de mais um sócio — hoje, o grupo está nas mãos de cinco pessoas.

Em 2016, ganhou força com o Firin Salonu, restaurante bom e barato de culinária turca com traços autorais, premiado por COMER & BEBER 2017/2018. Após dois anos deixando tudo “nos trinques”, eles partiram, neste semestre, para novos negócios dedicados a esfihas, drinques, hambúrgueres e doces — tudo com sabor do Oriente Médio. É uma expansão turca.

“Tiramos do cofrinho 1,6 milhão de reais para montar as quatro novas casas”, indica Libbos. A primeira abertura da nova leva de casas veio em julho, com a Esfiharia Kebab Salonu. De imediato, os ótimos resultados puderam ser notados tanto em forma de prêmio — a casa ganhou o título de melhor salgado da cidade pelo COMER & BEBER 2018/2019 — como no faturamento do grupo, que dobrou. No mês de setembro nasceu o bar Süt, nos fundos do imóvel do Firin. A proposta é brincar com especiarias em coquetéis na carta criada com a ajuda do bartender e consultor Kiko Lima (ex-Le Jazz Petit Bar). “Misturamos diversos temperos e buscamos o equilíbrio entre o doce, o ácido e o picante tanto nas bebidas quanto nas comidas”, explica Caffarena, supervisor das cozinhas do grupo e que evita o consumo de álcool.

A próxima abertura, uma hamburgueria, se situará no mesmo conjunto comercial onde ficam a Esfiharia e o Kebab. É a Islak Burgers e Bebidas, que tem ambiente moderninho com luminárias pingentes e grafite na parede — a inauguração em soft-opening está marcada para a terça (23). A inspiração turca está presente no sanduíche islak.

Servido nas ruas de Istambul, leva um disco de 110 gramas de carnes (alcatra, barriga e ponta de agulha) prensado na chapa que descansa alguns segundos dentro de um recipiente cheio de molho de tomate. Vem em pão lambuzado desse molho e custa 16 reais. Nem tudo é turco. Para beber, há refrigerantes da casa, como o de hibisco com grumixama, uma frutinha típica da Mata Atlântica. “Não é porque a comida é da Turquia que precisamos trazer os ingredientes de lá”, explica Libbos.

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A proximidade foi usada para escolher o ponto de cada casa. A partir da hamburgueria, basta caminhar 600 metros pela Rua Heitor Penteado para passar em frente aos outros endereços do grupo. O mais “distante” é o imóvel onde funcionará o empório Ôlojinha, cuja abertura é prometida para o início de 2019, no número 117 da Heitor. Lá, além de encontrar uma vitrine com produtos frescos como doces, esfihas e quibes, o cliente poderá escolher para levar itens servidos nas casas da família Salonu, resfriados ou congelados.

Todas as novidades fazem parte de um plano de reestruturação elaborado com a consultoria Pra.toh. “Era preciso crescer para se profissionalizar”, entende Libbos. Cada espaço passou a ter uma proposta definida não só para a freguesia, mas também internamente. Agora, as carnes usadas no Firin, no Kebab e na Esfiharia sairão da hamburgueria, que conta com um açougue anexo à cozinha. Nos fundos do Ôlojinha, uma confeitaria será responsável por distribuir doces para os demais endereços. A Esfiharia foi incumbida da panificação. E o Kebab, de produzir saladas e molhos.

Além de empreendedores, os dois sócios são professores de gastronomia — Libbos na Universidade Presbiteriana Mackenzie e Caffarena na Accademia Gastronômica, em Moema. “Isso nos ajuda a estar sempre pesquisando e implementando novas possibilidades”, diz Libbos. “A expectativa é que os estabelecimentos faturem juntos 6 milhões de reais em um ano de operações”, estima.

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