Após a euforia inicial da legalização da comida de rua, o modelo de foodparks, aqueles espaços privativos para food trucks e barraquinhas, enfrenta sua maior baixa. Depois do fechamento do Butantan Food Park (hoje, o espaço abriga o Vila Butantan) e da vida breve do Marechal Food Park, o PikNik Faria Lima anunciou o encerramento das suas atividades nesta semana.
+ Em vídeo: a trajetória da comida de rua em SP
Por trás dos empreendimentos estava Maurício Schuartz, da KQi Produções. “O modelo de foodpark está saturado”, afirma Schuartz. “Criei um monstro”, brinca, em relação ao seu pioneirismo. O produtor cultural foi o organizador do Chefs na Rua, na Virada Cultural de 2012, que arrastou multidões para o Minhocão atrás da galinhada do Alex Atala.
+ Teste das feirinhas gastronômicas da cidade
Não é o primeiro abalo que o mercado sofre. No ano passado, diversos trucks decidiram abandonar as ruas e montar pontos fixos. Otimista, Maurício Schuartz acredita que a comida de rua ainda passa por um bom momento.
“Vamos batalhar por um modelo público que organize a comida de rua fora dos espaços privados”, diz Schuartz. “O importante é não elitizar ou gourmetizar o que deveria ficar na rua.”