Três meses antes de os atuais proprietários comprarem a Camelo, em outubro de 1963, o baiano Antonio Macedo já trabalhava na casa. Originalmente, o restaurante montado por um comerciante libanês nos Jardins era especializado em comida árabe, mas usava o forno de esfihas para assar pizzas. Macedo foi contratado para cuidar da receita italiana que aprendera em uma cantina localizada na mesma rua, a Pamplona. Apostando nos discos de massa fina, os donos transformaram o lugar em pizzaria. Deu tão certo que a Camelo se tornou uma rede com cinco endereços, o mais novo aberto em dezembro. Hoje, Macedo atua como chef e recebe de cada unidade 2 570 reais, menos da recém-inaugurada loja de Moema. Isso lhe garante 10 280 reais no bolso a cada mês. Evangélico, o pizzaiolo de 72 anos só sai à noite para trabalhar. Parte da renda ele investe em viagens. Já rodou por países como Argentina, Portugal, Espanha e Itália. “Consegui tudo o que eu tenho na vida fazendo pizza”, orgulha-se Macedo.
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