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Entrevistas com famosos

Preta Gil: “Não acredito na palavra ‘gordinha’”

Em momentos diversos de sua trajetória, Preta Gil deu expediente como empresária, produtora, atriz e apresentadora. Há três anos, um pequeno show realizado num espaço alternativo do Rio de Janeiro começou a esboçar a carreira de cantora em que parece ter se encontrado. Foi o ‘Noite Preta’, espetáculo que apresenta em São Paulo pela terceira […]

Por admin
Atualizado em 27 fev 2017, 13h28 - Publicado em 4 nov 2010, 21h50
Preta Gil
Preta Gil (/)
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Preta Gil: "Sou mais a realidade da mulher brasileira do que a Carolina Dieckmann, que é minha melhor amiga"

Preta Gil: “Sou mais a realidade da mulher brasileira do que a Carolina Dieckmann, que é minha melhor amiga” (Foto: Fernando Moraes)

Em momentos diversos de sua trajetória, Preta Gil deu expediente como empresária, produtora, atriz e apresentadora. Há três anos, um pequeno show realizado num espaço alternativo do Rio de Janeiro começou a esboçar a carreira de cantora em que parece ter se encontrado. Foi o ‘Noite Preta’, espetáculo que apresenta em São Paulo pela terceira nesta sexta (5), na The Week. Ela respondeu as seguintes perguntas enviadas via Twitter e e-mail pelos internautas.

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Você se considera polêmica? (enviada por @flakhogli)
Preta Gil — Não, porque associo essa palavra a algo pensado estrategicamente para chamar atenção. Uma coisa calculada. E não sou assim. Sou uma mulher espontânea, normal, casada e com filho. Talvez pensem isso de mim devido a alguns momentos do meu início de carreira.

A Preta do dia a dia é a mesma do palco da ‘Noite Preta’? (@doraferreira)
Preta Gil — São duas pessoas completamente diferentes. Quando descobri o palco, vi que cabia ali minha personalidade extrovertida e extravagante. No dia a dia, sou muito calma, centrada, família, muito mãe… Nem balada eu freqüento.

Qual seria a primeira coisa que você faria hoje se fosse solteira? (@laispestana)
Preta Gil — Talvez eu viajsse com minhas três melhores amigas pra Nova York. Mas realmente não deixo de fazer nada que quero pelo fato de ser casada. O diferente é que não sinto vontade de certas coisas.

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É verdade que você se estranhou com o Rafinha Bastos, do CQC? (@nathancasarinos)
Preta Gil — Sim. Acordo muito cedo e, na semana passada, postei no Twitter os afazeres de tal dia: nutricionista, pilates, reunião, gravação de rádio, prova de roupa, cabelo e manicure. O Rafinha retuitou, mas antes tirou tudo que era de trabalho e acrescentou: “Esperança, a gente vê por aqui.” E eu respondi: “Babacas também.” Depois escrevi que ele não me conhece, que não sabe da minha vida e para ele me deixar em paz. Daí ele não respondeu mais. Eu me aborreci com o post dele e coloquei minha visão. Aí o que acontece é que os fãs acabam se digladiando. É um desserviço ver um humorista tão admirado fazer piadas sobre beleza e peso. Não consigo ficar calada. Milhões de garotos são fãs dele. Não é à toa que acontecem no Brasil coisas como o rodeio de gordas que fizeram outro dia desses. Boto minha cara a tapa, sim.

Como é para você ser a gordinha mais amada do Brasil?
(@Guiiponcho)
Preta Gil — Ai, eu acho ótimo. Incrível. E só sou amada porque, antes de tudo, eu me dou respeito. Tenho uma honestidade muito grande em relação à minha autoestima, à minha forma física. Eu me amo do jeito que sou. Não acredito na palavra ‘gordinha’, mas sim em mulher real. E, como eu, vejo várias espalhadas por todos os lugares. Sou mais a realidade da mulher brasileira do que a Carolina Dieckmann, que é minha melhor amiga.

Você se arrepende de ter posado nua na capa do CD? (@aletirso)
Preta Gil — De ter posado nua, não. Mas talvez, se tivesse chance de novo, não teria feito porque foi um tiro no pé. O trabalho artístico que estava sendo lançado ali ficou pequeno perto da repercussão das minhas fotos. Não achei que uma capa de disco comigo seminua fosse causar tanta polêmica, mas é que só depois percebi que vivemos num país moralista. Fui ingênua.

Você se considera uma diva dos gays? (@amomreis)
Preta Gil — Seria prepotente da minha parte me classificar assim. Os gays têm milhares de divas e, pelo que eles declaram, sou uma delas. Agradeço muito a eles por isso. Se eles acham, então eu sou.

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Qual é seu prato favorito? (@jhuniorsozza)
Preta Gil — Estrogonofe com arroz e batata frita. Em todos os hotéis que fico, experimento o prato. Só que agora tenho que viajar com um kit de creme de leite. Meus médicos me proibiram de consumir leite e derivados pois agrava alguns probleminhas de saúde meus.

Qual foi seu maior desafio: mostrar seu talento como cantora ou desvincular-se do rótulo de “filha do Gil”? (@ruth_passos)
Preta Gil — Não quero me desvincular nunca do rótulo de filha do Gil, apesar de isso meio ter acontecido. É meu maior orgulho. Adoro. Não tenho o menor problema quando dizem isso numa matéria. Sou mesmo. Maior verdade da minha vida. Foi muito mais difícil eu me firmar como cantora. Não me levavam a sério mesmo. Eu também confundi a cabeça das pessoas. Comecei cantora, fiz novela, programa de televisão, peça de teatro…

Acha que encontrou seu caminho na música? (Adriana Sanches, por e-mail)
Preta Gil — Totalmente. Mais que isso, encontrei meu fundamento, minha base. Hoje estudo meu trabalho todos os dias para ser melhor. Cuido da voz, faço aulas, vou à fonoaudióloga. Sou uma mulher plenamente realizada profissionalmente, sem a busca de “ter que acontecer”. Aconteci pra mim mesma e pro meu público.

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