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Deborah Secco: “Não há chance de eu posar nua mais uma vez”

Seja na pele de Bruna Surfistinha, seja como Natalie, de “Insensato Coração”, Deborah Secco se destaca. Às vésperas da estreia do longa nos cinemas, prevista para esta sexta (25), e sem muita trégua das gravações da novela das oito, a atriz conversou com VEJA SÃO PAULO sobre a carreira, astrologia e até Oscar. + Saiba […]

Por Alexandre Aragão
Atualizado em 27 fev 2017, 13h24 - Publicado em 22 fev 2011, 23h45
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Deborah Secco como Bruna Surfistinha: foram necessários oito quilos a mais (Foto: Priscila Prade/Divulgação)

Seja na pele de Bruna Surfistinha, seja como Natalie, de “Insensato Coração”, Deborah Secco se destaca. Às vésperas da estreia do longa nos cinemas, prevista para esta sexta (25), e sem muita trégua das gravações da novela das oito, a atriz conversou com VEJA SÃO PAULO sobre a carreira, astrologia e até Oscar.

+ Saiba tudo sobre o filme “Bruna Surfistinha”

Bruna Surfistinha lhe ensinou alguma lição?
Deborah Secco — A principal foi não julgar as pessoas. Entender que, às vezes, o que é errado para mim é o melhor que aquela pessoa consegue fazer. Ninguém é como quer, mas como consegue ser. Acho que essa é a grande frase que hoje faz parte da minha vida.

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O nome do livro em que se baseia o filme é “O Doce Veneno do Escorpião”, por conta do signo de Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha original. E qual é o doce veneno de Sagitário, seu signo?
Deborah Secco — Não sei (risos). Eu não sou muito ligada a signos, acho que os sagitarianos são determinados. Tenho muito do meu ascendente, Câncer, essa coisa família, mais caseira. E tenho um pouco da Lua em Peixes, o lado sonhador. É uma bela mistura.

Mas então você é ligada à astrologia?
Deborah Secco — Sei essas coisas porque meu tio, irmão da minha mãe, fez meu mapa astral. Ele é um expert no assunto, então eu tento acreditar nas coisas que ele fala. Quando ele leu o mapa para mim, percebi que tinha a ver.

Se você fosse entrevistar Bruna Surfistinha, que pergunta não deixaria de fazer?
Deborah Secco — Não sei. Talvez eu já conheça todas as respostas, por isso não tenho curiosidade alguma. O grande desafio da composição de uma personagem é descobrir todos os porquês, a razão de cada atitude, de cada sentimento. Por isso, não teria vontade de fazer nenhuma pergunta.

Seu papel mais lembrado no cinema é o de Soraya, de “Meu Tio Matou um Cara”, um papel cômico. Em “Bruna Surfistinha” há momentos em que foi possível explorar a comédia?
Deborah Secco — Acho que a gente tenta oscilar um pouco. Nem tanto com a minha personagem, mas a história às vezes passa pelo engraçado com a Janine (Fabíula Nascimento). Acho que o próprio drama das meninas ao terem que encarar um cara cheio de talco, na cena do Caso Polvilho, acabou até divertido.

No filme, há momentos tão constrangedores quanto o que aconteceu com a sua personagem Natalie, quando ofereceram a ela dinheiro para fazer um programa?
Deborah Secco — Não tão constrangedores porque a Bruna se propunha a isso. Então o que para a Natalie é muito constrangedor e ofensivo, para a Bruna é uma opção, uma coisa que não ofende. Ela escolheu isso para ela. As personalidades são completamente opostas, o que faz um mesmo fato ter conotações diferentes.

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Por falar na Natalie, as comparações entre ela e a Darlene, de “Celebridade”, cansam você?
Deborah Secco — Eu não leio muito, talvez por isso não me canse. Tenho 23 anos de carreira, fiz 15 novelas e oito minisséries. Dizer que nenhum papel vai esbarrar em outro é impossível. Como eu acredito que na novela também existam outros atores fazendo personagens parecidos com outras coisas que eles já fizeram. Mas é bom que a Darlene seja tão lembrada, fico lisonjeada de saber que é uma personagem eternizada. Até porque eu vejo claramente na novela outros atores fazendo personagens parecidos com outros que já interpretaram, mas que não são tão lembrados quanto a Darlene.

Você tem algum exemplo?
Deborah Secco — Prefiro não citar (risos).

Um papel como Bruna Surfistinha deve ter deixado os editores de revistas masculinas doidos por mais um ensaio seu. Alguma chance de eles conseguirem?
Deborah Secco — Não, nenhuma. Nenhuma.

Para você, o que faz uma mulher ser sensual? E um homem?
Deborah Secco — Eu acho que a maior sensualidade está no olhar. Adoro a maneira como um homem me olha, o que ele passa para mim através do olhar. Isso também funciona para as mulheres. As pessoas banalizam a sensualidade e acabam preferindo partes do corpo que não o olho… Eu sou mais o olho.

Para viver Bruna Surfistinha, você engordou. Foi difícil emagrecer para interpretar Natalie?
Deborah Secco — Sempre tive facilidade para emagrecer. Para engordar foi bastante difícil porque eu já não me alimentava bem, então tive que aumentar a quantidade. Comia de passar mal, de ficar estufada, porque eu não tinha uma alimentação saudável. Ao invés de comer um pão no café da manhã, comia oito. A meta era ganhar dez quilos em um mês, mas não consegui. Ganhei oito quilos em um mês e o restante eu engordei durante as filmagens.

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Quem são seus ídolos na profissão?
Deborah Secco — O diretor Stanley Kubrick é o grande mestre do cinema. Um cara que consegue fazer um romance ou um terror com a mesma qualidade. Em relação aos atores, são muitos. A Meryl Streep é o nome feminino mais forte. De homens eu tenho uma lista enorme: Denzel Washington, Al Pacino, Robert DeNiro, Kevin Spacey, Dustin Hoffman…

Como é sua relação com os paparazzi?
Deborah Secco — Tento entender que é o trabalho deles. Acredito que nenhum deles goste de ficar atrás de mim (risos). Todo mundo tem que trabalhar, a vida não é fácil para ninguém. Tenho certeza de que não é uma opção. A gente é o que consegue ser. Tento respeitar o trabalho deles até o meu limite, até onde não me faça mal.

Você assistiu a algum dos filmes que concorre ao Oscar?
Deborah Secco — Só vi “Cisne Negro”.

O que achou?
Deborah Secco — Incrível! Chorei loucamente. Acho que muito do que aquela personagem vive foi o meu processo de criação para “Bruna Surfistinha”. Tive uma enorme identificação.

Você acha que conseguiu chegar perto do desempenho da Natalie Portman no filme?
Deborah Secco — Ah, quem dera (risos). Espero que eu tenha feito o meu melhor. É muito difícil se comparar com outra pessoa. Com certeza, ela fez o melhor que pôde e o resultado é fantástico, admirável.

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