Se existem duas categorias que vivem um “boom” de consumo durante o verão são os espumantes e o vinho rosé (imagina o espumante rosé, então? #sóquenão). Aliás, nada melhor do que uma tarde ensolorada como esta para desarrolhar um deles.
Curioso que apesar da cor, um refrescante rosé não é feito de mesclas ou blends de vinho branco com vinho tinto como muitos pensam. São as uvas tintas que são usadas na produção da bebida. Com as brancas, elas possuem a polpa branca e translúcida e a coloração rosada é obtida pelo contato do mosto – o caldo da uva espremida – com as cascas por apenas algumas horas, algo entre 2 e 6 horas. A partir daí se retiram as cascas e fermenta-se o mosto para se transformar em vinho rosé. Rosado, clarete, rosato, pink wine e blush (rosé levemente adocicado) são alguns outros nomes que você pode encontrar nos rótulos, dependendo de sua origem.
O rosé é tão versátil, que você pode colocar uma pedra de gelo dentro da taça de vinho, o que os franceses chamam de “piscine”, palavra que dispensa tradução. Eu não gosto dessa forma de gelar. Se está bebendo um rosé bacana, garanto que ficará melhor com o gelo apenas no balde para manter resfriada a garrafa do vinho.
Como vinho rende tanto assunto, aproveito para contar que o berço dos rosés é a Provence, região do sul da França. Lá, eles são feitos com uma mescla de uvas tintas mediterrâneas como grenache, cinsault, syrah, carignan e mourvèdre (não se preocupe em decorar os nomes de todas as variedades das uvas). Na cor, são bem clarinhos e, depois de alguns goles, você perceberá mais notas cítricas que de frutas vermelhas, lembrando mais o estilo de branco do que de um tinto.
Na prateleiras das lojas e supermercados, você encontrará outros tipos, com uma cor mais intensa, quase um visual rubi, lembrando um clarinho. É comum em garrafas importadas da Itália, Espanha, Portugal, Argentina, Chile e Uruguai, além de algumas produzidas no Brasil. Embora mais “pesado” e com mais notas de frutas vermelhas, é uma boa solução para combinar os pratos de verão, especialmente com frutos do mar, como a paella.
Como não existem regras para as castas na produção de rosés, podem ser encontradas versões de merlot, cabernet sauvignon, malbec, pinot noir, carmenère, tempranillo, touriga nacional… a lista é interminável.
Apenas, lembre-se que o papel de um rosé é ser um vinho fresco, com boa acidez. É pura diversão, como abrir uma cerveja. Tá esperando o que para escolher o seu?