A primeira vez que eu coloquei chia no mamão e servi no café da manhã aqui em casa, meu marido perguntou: pôs chumbinho, quer me matar? Ahahahah. Expliquei pra ele que era chia, uma semente que estava prescrita na minha dieta por conta dos benefícios e tal. Pra ele deu na mesma. Ficou sem entender a razão daquela sementinha sem gosto (e que gruda nos dentes) espalhada sobre a fruta. Bem, a chia é um dos ingredientes com cara de esquisitão que passamos a consumir nessas dietas da moda e, muitas vezes, sem nem saber o porque. #MasEuSeiPraQueServeChia. Nem todo mundo sabe e come por comer. Por isso, pedi pra nutricionista Flavia Moraes, desvendar esse mistério pra gente, esclarecendo pra que servem alimentos como chia, linhaça e por aí vai. Espia só:
Chia
Essa bolinha preta que lembra chumbinho é, na verdade, uma semente que nasceu no México e chegou ao prato do brasileiro em 2014. É rica em fibras que ajudam a regular o trânsito intestinal e também tem papel na saciedade, auxiliando no emagrecimento. Ou seja: dá aquela sensação de que você comeu uma boiada. É uma ótima fonte de ômega 3, gordura boa que tá relacionada à prevenção de doenças do coração. Reduz a formação de coágulos, diminui o colesterol circulante no sangue e também aumenta a sensibilidade à insulina. O ômega-3 é importante ainda para a saúde cognitiva e pra fortalecer o sistema neurológico. E, ó, ajuda a evitar depressão e aumentar a absorção de nutrientes. #ChiaÉVida.
Pros alérgicos à proteína do leite de vaca ou intolerantes à lactose, a chia é substituto, já que tem alta fonte de cálcio. Uma porção de semente de chia (25 gramas) tem cerca de 21% das nossas necessidade diárias de cálcio.
Anota aê: recomenda-se o consumo de 25g, o equivalente a uma colher de sopa, que pode ser adicionada a sucos, frutas, iogurtes e saladas. Ou como eu disse lá em cima, no mamão!
Gergelim
Assim como a chia, o gergelim é uma semente, uma boa fonte de proteínas, rica em gorduras monoinsaturadas e com grande quantidade de fibras. E justamente por ser rica em proteínas, ajuda a dar aquela saciedade, dando uma força na dieta (#TapeandoAfome), além de ajudar no controle da glicemia. Gente, regular a glicemia tem tudo a ver com o sucesso da dieta. O gergelim tem, ainda, grande quantidade de cálcio e fósforo – essa dupla de minerais super importantes pra saúde óssea. A melhor forma de consumir a semente é na forma integral, crua e com casca.
Anota aê: a sugestão de consumo gira em torno de 30g/dia já e pode ser usado sobre as saladas, misturado na comida ou batido em sucos ou smoothies.
Linhaça
Aha, agora chegamos a um ingrediente que entra na cesta de alimentos funcionais. Só se fala disso, né não? Pois bem, a linhaça é a semente do linho (Linum Usitatissimum), e esbanja tanto nutrientes que é considerado funcional. É ótima fonte de fibras. Tanto que, em apenas uma colher de sopa, tem-se 13% da quantidade de fibra recomendada no dia. Também vem cheia de omega 3, um tipo de gordura essencial. Um e outro ajudam a melhorar o trânsito intestinal e, claro, na perda de peso. Mas a linhaça tem, ainda, um papel fundamental na redução do colesterol, triglicérides e pressão arterial e previne alguns tipos de câncer. É fonte de lignanas, fitoestrógenos. Pra quem não sabe, esses nomes estranhos aí ao lado, estão relacionadas à proteção do câncer de mama e à saúde dos ossos. Aqui, um detalhe: mulheres são mais suscetíveis à osteoporose.
Anota aê: a sugestão de consumo gira em torno de 10g, 1 colher de sopa, ao dia. E pra terem todos os seus nutrientes aproveitados deve ser consumida triturada. Misture a linhaça em iogurtes, sucos, shakes ou adicione a farinha ao feijão e em sopas.
Saca essa: chia, gergelim e linhaça são também encontrados na forma de óleo que pode ser usado como temperos de saladas e pratos em geral.
As sementes podem ser misturadas a goma de tapioca pra enriquecer com nutrientes e diminuir o índice glicêmico da preparação. Alimentos de baixo índice glicêmico demoram mais tempo pra que você sinta fome novamente.
Fique esperto: agora que você já sabe o lado bom dessas sementes com cara de nada vou te contar uma coisa. Não adianta comer um quilo achando que vai secar e nunca mais sentir fome. O consumo em grandes quantidades podem causar gases e desconforto. #AíDáRuim
Falamos das sementes, agora vamos a ele:
Óleo de coco
Extraído por prensagem a frio da polpa do coco é um óleo é fonte de gorduras saturadas, em sua maioria triglicerideos de cadeia média (TCM) que são rapidamente absorvidos pelo corpo sendo logo convertidos em energia. #AntesDoTreinoOba!
Apesar de ser uma gordura, seu consumo tá relacionado ao emagrecimento. Estudo feito na Universidade Federal do Rio de Janeiro mostra que o consumo do óleo de coco ajuda a acelerar o metabolismo, consumindo assim mais calorias, o que evita o acúmulo de gordura localizada e favorece a perda de peso. Como outros óleos têm papel na saciedade aumentando no intestino a produção de hormônios que reduzem a fome.
Fonte de antioxidantes está relacionado à diminuição do estresse oxidativo e prevenção de envelhecimento precoce.
O óleo de coco é fonte ainda de acido láurico que tem efeito benéfico no sistema imunoilógico e é um antiviral e antifúngico.
É encontrado em estado líquido na temperatura ambiente, mas em baixas temperaturas pode se solidificar, o que é uma característica desse tipo de óleo.
Anota aê: é estável em altas temperaturas e pode ser usado no preparo de alimentos ou adicionado a iogurtes e shakes. Misturado ao café é uma opção de bebida pré treino que garantirá energia e favorece o emagrecimento. Misture 200ml de café forte e quente e uma colher de sopa de óleo de coco extra virgem.
Curtiram? É sempre bom a gente saber o que está comendo antes de sair ingerindo tudo que é novidade só porque o fulano de tal disse que é bom.
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Um beijo, até mais.