Se viajar para os Estados Unidos ou alguns países da Europa continua inviável pra muita gente devido à desvalorização do real frente ao dólar, a boa notícia é que há destinos incríveis onde nossa moeda ainda vale mais e dá para aproveitar bastante gastando pouco.
O fato de o real ser mais valorizado em alguns países nem sempre significa que as coisas por lá serão mais baratas. É que alguns deles cobram tarifas diferenciadas para os turistas, o que torna tudo mais caro. Não é o caso dos lugares selecionados abaixo.
Ao fazer a seleção, levei em conta o custo de vida do turista durante a viagem, que inclui alimentação, atrações e meios de transporte – não somei o preço da passagem aérea, que é cobrada em dólar e fica mais cara de acordo com a distância a partir do Brasil.
Enfim, vamos à lista:
Argentina
1 peso = 0,16 centavos de real
Além de ficar a apenas três horas de voo no Brasil, há bons passeios e restaurantes deliciosos a preços módicos em Buenos Aires, capital portenha. Mas atenção: os valores variam muito. Então, você pode encontrar por ali estabelecimentos tão ou até mais caros que em São Paulo, por exemplo. Mas, na média geral, é fácil achar bons endereços bem mais em conta do que aqui. Fazer compras em território argentino também não está saindo tão barato como alguns anos atrás. Andar de táxi ou Uber para percorrer distâncias mais longas, por outro lado, vale muito a pena, pois as tarifas são baixas.
Croácia
1 kuna = 0,54 centavos de real
Apesar de fazer parte da União Europeia, o país ainda não adotou o euro, o que é uma vantagem para quem viajar para lá. Como o lugar entrou na moda de alguns anos para cá, os preços subiram um pouco, mas ainda é uma viagem em conta. A capital, Zagreb, é vibrante. Tem museus, bons restaurantes, praças sempre cheias e noites agitadas. Banhada pelo mar Adriático, Split, a 400 quilômetros de Zagreb, é base para explorar uma das ilhas da costa croata – são mais de 1 000. E Dubrovnik, cenário da King’s Landing do seriado Game of Thrones, dispõe de um centro histórico encantador, cercado por muralhas de 2,4 metros de altura.
Hungria
1 florim = 1 centavo de real
Turística e dona de uma das capitais mais belas do mundo, Budapeste, tem preços iguais ou menores que os praticados em São Paulo. Buda fica de um lado e, Peste, de outro, separadas pelo Rio Danúbio e interligadas por quatro pontes centrais: Margareth, Elizabeth, Liberdade e Correntes. Situada nas colinas, Buda tem um cenário mais bucólico, com castelos medievais e igrejas góticas; Peste, por sua vez, é onde quase tudo acontece. Reúne bares e restaurantes badaladinhos e os hotéis modernos.
Índia
1 rúpia = 5 centavos de real
Tudo ali é mais barato que o Brasil: comida, hotéis, passeios, compras. Mas é preciso sempre pechinchar (é quase uma regra de conduta naquele país). Em alguns casos, o desconto pode chegar a 80%. A capital, Nova Délhi, é praticamente dividida em duas: de um lado está a “velha”, repleta de heranças dos impérios pré-coloniais; e, de outro, a “nova”, com avenidas largas e arborizadas. A cidade de Agra, que abriga o Taj Mahal, fica a 250 quilômetros de distância; e Jaipur, a cidade rosa e capital do Rajastão, a 300 quilômetros.
Tailândia
1 baht = 10 centavos de real
Nesse país asiático, é possível encontrar refeições fartas deliciosas a menos de 5 reais (o preço de um paad thai – noodles com frango, vegetais e ovos – nas barracas de ruas das principais cidades) e pagar 40 reais por uma hora de massagem típica. Hotéis, passeios e meios de transporte são igualmente baratos. A capital, Bangcoc, é o principal hub de conexões para toda a Ásia – é onde se tem a maior oferta de voos, com os melhores preços –, e também porta de entrada para ilhas deslumbrantes como a Koh Lipe, com lounges na areia, a Koh Samui, servida de bons resorts, e as famosas e lindas Koh Phi Phi Don e Koh Phi Phi Leh.
Vietnã
100 dongs = 1 centavo de real
A moeda vietnamita vale tão menos do que a nossa, que fica inviável fazer a conversão de um dong para o real. Isso não significa que tudo naquele país estará praticamente de graça, ao contrário. Muita coisa, sobretudo para os turistas, é cobrado em dólar. Ainda assim, pesquisando bem, dá para gastar muito menos que no Brasil. A tradicional bia hoi, cerveja fresca sem conservantes, custa 3 reais, em média. Em Ho Chi Minh City, é possível fazer uma bela refeição no mercado central, incluindo bebida, por 15 reais.