Para evitar micos – e a viagem se tornar um peso, em vez de diversão – é preciso de um mínimo de planejamento antes de fazer as malas.
O primeiro passo é saber quando ir. Se você for, por exemplo, para a Tailândia em junho, vai pegar chuvas torrenciais. Nesse caso, é melhor se programar para estar lá de fevereiro a abril, quando o clima é agradável e os preços, módicos.
Como janeiro praticamente já terminou, esta agenda começa a partir de fevereiro. Mas tem muita coisa bacana ainda para fazer nesses onze meses que restam.
FEVEREIRO
Brasil
– Praias do Nordeste: tirando a semana do Carnaval, no resto do mês a tendência é de sol e calor (ainda que haja pancada de chuva à tarde), com preços até 50% mais baixos que na primeira semana de janeiro.
– Foz do Iguaçu: nesse período, as cataratas estão bem volumosas, ótimas para boas fotos.
– Pré-Carnaval: se folia for a sua, vale ir uma semana antes a Recife e Olinda ou ao Rio de Janeiro. Nessas cidades, a festa começa antes, os preços dos pacotes estão melhores e há menos muvuca.
Mundo
– Nova York: ainda está bem frio por ali, mas os preços dos hotéis despencam nesse mês, em comparação a janeiro. É um dos melhores períodos para ir pra lá, se quiser economizar.
– Caribe mexicano: dias quentes, noites frescas e tempo seco, sem chuvas, tanto para Cancún como para a Riviera Maia.
– Sudeste Asiático: tirando o calor (que é intenso nesse mês), é a melhor época para ir à Tailândia, Camboja, Laos e Vietnã, pois o tempo é ensolarado, sem riscos de chuvas de monções (que acontecem a partir de maio).
– Cartagena, Colômbia: é um dos meses mais secos do ano na região, ou seja: as chances de se pegar chuva ali são ínfimas.
É roubada!
– Norte da Europa: evite sobretudo a Alemanha e a Irlanda, se você tem pavor de frio. Espere mais alguns meses para fazer a viagem.
– Machu Picchu, no Peru: chove muito nessa época.
MARÇO
Brasil
– Praias do Nordeste: os dias ainda estão ensolarados, com quase zero de chuva, e diárias de hotéis até 70% mais baixas que no auge do verão.
– Praias do litoral paulista: assim como no Nordeste, o tempo ainda está calor, com menos chuva e trânsito. Neste mês, tudo por lá também fica mais barato e menos muvucado.
Mundo
– Mendoza, Argentina: ótimo mês para visitar as vinícolas argentinas. No primeiro sábado de março (que, este ano, cai no dia 3) acontece a Festa Nacional da Vindima, quando ocorre a colheita da uva.
– Sul da Europa: em países como Itália, Espanha e Portugal, as temperaturas já estão mais agradáveis com a chegada da primavera, a preços não tão altos.
– Irlanda: a principal festa do país acontece no dia 17, o Saint Patrick’s Day, que homenageia o santo padroeiro do país. Nessa data, há diversas paradas culturais e centenas de irlandeses vestidos de verde brindando com cerveja Guinness.
– Deserto do Atacama: melhor mês para estar ali. Os dias são frescos e as noites ainda não estão tão geladas, com céu lotado de estrelas.
– Patagônia Chilena: é quando a paisagem começa a se tornar avermelhada, devido ao outono (sensacional para tirar fotos), e ainda não está tão frio.
É roubada!
– Cancún: em março, praia mexicana é invadida por milhares de jovens americanos que vão curtir o Spring Break – a “Semana do Saco Cheio” daquele país. Pura muvuca.
ABRIL
Brasil
– Florianópolis e região: época sem chuvas e ainda quente, com promoção nos resorts. Nesse período, chegam a estar até 30% mais baratos que na alta temporada.
– Búzios, Rio de Janeiro: na península também faz bastante sol e calor em abril, com bem menos muvuca e diárias de hotéis mais em conta.
Mundo
– Japão: é o mês em que as cerejeiras começam a florescer e deixam o cenário todo cor-de-rosa. A temperatura nesta época do ano também é bem amena, com dias ensolarados.
– Dubai e Abu Dhabi: boa época para conhecer as duas cidades – e o deserto – com clima agradável, sem o calor escaldante.
É roubada!
– Cruzeiro na Antártica: a partir deste mês, o frio na região ficará cada vez mais intenso, até o fim do ano.
MAIO
Brasil
– Bonito, Mato Grosso do Sul: o período de maio até setembro, época de seca, é ideal para fazer mergulho e snorkeling, pois as águas estão mais cristalinas.
– Gramado e Canela, na Serra Gaúcha: já dá para pegar um friozinho na serra com excursões bem mais baratas que no auge do inverno.
– Rio de Janeiro: neste mês, os dias ainda estão quentes e ensolarados, com tempo seco, e os preços dos hotéis são de baixa temporada.
Mundo
– América do Sul: melhor época para ir a cidades como Buenos Aires e Santiago. Os dias são ensolarados e frescos (ainda sem o frio do inverno), e os preços, tanto de hotéis como de passagens aéreas, são até 60% mais baixos que em janeiro.
– Orlando, Estados Unidos: mês ideal para ir aos parques. Ainda não vai estar aquele calorão; os parques estão menos cheios; e muitas atrações previstas para as férias de verão fazem o soft-opening no fim do mês.
– Nova York, Estados Unidos: oportunidade única de ver o Central Park florido, com dias de muito sol. Nesse período, os preços ainda estão mais baixos que no auge do verão.
– Veneza, Itália: clima ótimo, pouca gente, e hotéis e serviços com preços melhores que em junho e julho.
– Rússia: se tiver planos de assistir à Copa do Mundo e puder antecipar a viagem, vale ir pra lá agora. É quando os preços estão mais baixos, tudo está florido, e os hotéis e atrações, mais vazios. No verão, tudo fica caro e lotado, e, com os jogos, vai ficar impossível conhecer as principais atrações com calma.
É roubada!
– Sudeste Asiático: começam as monções. Até novembro, nem pense em ir pra lá.
– Nordeste do Brasil: também é bom evitar, pois lá chove direto a partir deste mês.
– Países Islâmicos: no dia 15, começa o Ramadã, período sagrado no qual os muçulmanos fazem jejum. Nesse ínterim, o comércio e outros serviços ficam fechados na maior parte do tempo. Vai até o dia 14 de junho.
JUNHO
Brasil
– Parintins, no Amazonas: o festival folclórico da cidade amazonense está marcado para o dia 29. Serão três dias de festa, na qual os bois Garantido e Caprichoso mostram a rivalidade em um desfile no estilo do Carnaval carioca.
– Imediações de Campos do Jordão: o festival de inverno mais badalado de São Paulo acontece lá, mas é possível pagar menos em hospedagem ficando em cidades vizinhas, como Santo Antônio de Pinhal e São Bento do Sapucaí – esta última, aliás, anda bem na moda de alguns anos para cá.
– Lençóis Maranhenses: melhor época para ir. É quando as chuvas já passaram, os dias são ensolarados e as lagoas estão cheias. A região fica com essas condições até o início de setembro.
Mundo
– Rússia: a Copa do Mundo começa no dia 14 e vai até 15 de julho. Vai coincidir com o período de calor escaldante, em que todos os lugares, em épocas “normais”, já ficam lotados e caros. Se pretende ir pra lá assistir aos jogos, tem de fechar a viagem já!
– Machu Picchu, no Peru: boa pedida em junho. Tempo seco, preços ok e bem menos fria que no mês seguinte.
– Londres: ainda não tem o calorão do verão, mas os dias têm sol e os londrinos são pura animação já a partir de maio: lotam os parques e animam as happy hours.
– Provence, França: sabe aquele cenário de cinema, com campos de lavanda deixando tudo lilás? Agora é a hora!
É roubada!
– África do Sul: começa neste mês a estação chuvosa. Ruim para ver os animais e também trafegar pelas estradas, que viram pura lama.
– Las Vegas, nos Estados Unidos: encravada no meio do deserto, torra no verão. A temperatura chega a passar dos 40 graus.
JULHO
Brasil
– Paraty: entre os dias 25 e 29 de julho, abriga a FLIP, a maior feira literária do país. A cidade, que já é um charme só, fica ainda mais encantadora com o burburinho intelectual nos bares, restaurantes e pousadas. Mas atenção: os preços dobram nessa época do ano.
– Litoral catarinense: está frio, mas os dias são ensolarados, e é nesse mês que Santa Catarina começa a receber a visita das baleias-francas. De barco, dá para chegar bem perto dos bichos e seus filhotes. A temporada vai até novembro.
Mundo
– Polinésia Francesa: apesar de ter sol na maior parte do tempo, lá é baixa temporada. Ou seja, os restaurantes, resorts e serviços em toda a região estão mais baratos (ou menos altos que em outros meses).
– Escandinávia: se tiver interesse em visitar a Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca, esse é o momento. Os dias são longos – o famoso Sol da meia-noite acontece nessa época – e as ruas, agitadas, cheias de atividades ao ar livre.
É roubada!
– Estados Unidos em 4 de julho: no Dia da Independência, tudo fica muvucado. A impressão que se tem é de que todo mundo decidiu sair de casa na mesma hora. Os congestionamentos são monstruosos e as filas viram esquinas.
– Patagônia: as temperaturas, tanto do lado chileno, como no argentino, são impraticáveis no auge do inverno.
– Caribe: é quando começa a temporada de furacões, que vai até novembro. Todas as ilhas estão suscetíveis a isso, com exceção de Aruba, Curaçao, Barbados e Los Roques, mais ao sul.
AGOSTO
Brasil
– Fernando de Noronha: a partir deste mês, começa o período de seca, ou seja: garantia de dias ensolarados. A ausência de chuvas vai até fevereiro, mas é melhor ir agora: na alta temporada, é mais difícil conseguir vaga, além dos preços elevados.
– Santarém e Alter do Chão, na Amazônia: de agosto a dezembro, é “verão” nessa região, ou seja, a estação seca. É quando as águas baixam e aparecem as lindas praias banhadas pelo Rio Tapajós.
Mundo
– Praias da Europa: é o auge para badalar, ver e se visto. O clima é perfeito e os europeus fogem para elas. O senão: tudo lá é mais lotado e caro nessa época do ano.
– Quênia, na África: neste mês acontecem as grandes migrações de animais selvagens na região, quando cerca de dois milhões de bichos saem do Parque Nacional de Serengeti, na Tanzânia, para a Reserva Nacional de Maasai Mara, no Quênia.
É roubada!
– Miami: época de chuvas abundantes e cidade mais parada.
– Paris: no auge do verão, é quando os parisienses tiram férias e saem para viajar. Muitos lugares fecham nesse mês.
SETEMBRO
Brasil
– Pantanal: é o último mês da estação seca, ideal para ver os bichos (vai de maio a setembro). Também há menos pernilongos.
– Jericoacoara: melhor mês para ir. Não chove, o clima está ameno (quente, mas não aquele calorão), as lagoas estão cheias e o sol se põe de frente ao mar.
Mundo
– Europa: início do outono, com lugares menos lotados, dias ensolarados, natureza cheia de cores e preços mais baixos que no verão.
– Canadá: poucos cenários são tão belos quanto este país no outono, com suas folhagens em tons vermelho e alaranjado. As folhas começam a mudar de cor em meados de setembro e seguem assim até outubro. O clima ainda está ameno e os preços, bem ok.
É roubada!
– América Central: é a época de chuvas torrenciais na região.
OUTUBRO
Brasil
– Maceió, Alagoas: quase não chove nesta época do ano e os preços de hotéis nas praias mais badaladas da região chegam a ser até 60% mais baratos que no verão.
– Natal, Rio Grande do Norte: além de sol e calor, as praias ainda não registram lotações de turistas e os preços dos resorts são até 40% mais baixos que na alta temporada.
Mundo
– Napa Valley, Califórnia: período ideal para visitar as vinícolas. É o fim da alta temporada, com dias ainda ensolarados e grandes chances de descontos nos pacotes.
– Safári na África do Sul: época de seca na savana, é um ótimo momento para ver os animais em seu habitat natural à procura de água.
– Las Vegas: nesse mês, os dias são de clima mais ameno e muito sol. Dá até para esticar o passeio até o Grand Canyon sem perrengues.
É roubada!
– Porto Seguro, Bahia: lugar predileto dos estudantes que emendam a Semana do Saco Cheio.
– Amazônia: começa o período de chuvas.
– Rússia: começa o frio de lascar, com temperaturas que podem chegar aos 20 graus negativos. Péssima pedida até março.
NOVEMBRO
Brasil
– Cruzeiros: a temporada costuma começar em meados de novembro, com trajetos saindo de Santos e seguindo pelo Litoral Norte, Nordeste e também Argentina e Uruguai.
– Porto de Galinhas, Pernambuco: ainda não é alta temporada, e é possível achar preços até 50% menores que no mês seguinte.
Mundo
– Miami: as temperaturas estão relativamente altas (em torno dos 25, 26 graus), com água do mar morninha. Chove pouquíssimo, e o preço da hotelaria ainda não atingiu preços tão elevados.
– Caribe: termina a temporada dos furacões, e já dá para pensar em ir a Cancún, República Dominicana e outros points caribenhos.
– Reykjavik, na Islândia: momento ideal para ver as luzes da aurora boreal. Os dias não estão escuros e o frio ainda é suportável este mês.
– Sudeste Asiático: com o fim das monções, Vietnã, Laos, Camboja, Tailândia e Indonésia voltam a ser boas alternativas para o turismo.
– México: de 31 de outubro a 2 de novembro, o país comemora o Día de los Muertos, com muita música, dança, comes e bebes para homenagear seus entes queridos.
É roubada!
– Tanzânia: se tiver planos para fazer safári nesse país, melhor escolher outra data. Nesse período – e até maio –, chove sem parar na região, deixando algumas estradas intransitáveis.
– Machu Picchu, Peru: o sítio arqueológico entra na estação chuvosa, e segue nessa situação até abril.
DEZEMBRO
Brasil
– Praias do Nordeste: se for para lá antes do dia 15 e fizer a reserva com pelo menos dois meses de antecedência, as chances de pegar boas ofertas ainda é alta. Os preços sobem, de fato, a partir da segunda quinzena de dezembro. De qualquer maneira, o litoral nordestino também é boa opção para o Réveillon, para uma virada estrelada: as chances de chuva à meia-noite são bem menores que nas praias do Sudeste.
– Gramado, Rio Grande do Sul: o maior espetáculo da região, o Natal Luz, começa em novembro e vai até meados de janeiro. Boa pedida para curtir o clima natalino no meio da serra e longe das praias.
Mundo
– Paris, França: não é o mês mais barato para ir, mas um dos mais bonitos. Tudo fica iluminado, com decorações charmosíssimas, da Torre Eiffel à Champs Elysées.
– Baviera, Alemanha: a região tem preços ok nesta época do ano, e concentra uma infinidade de mercados de Natal cheios de itens fofos para comprar.
– Antártica: com o início do verão, torna-se possível fazer um cruzeiro pra conhecer as geleiras da região. A temporada vai até março.
– Edimburgo, na Escócia: dizem que a cidade tem o Réveillon mais animado da Europa; quiçá do mundo! É meio difícil superar o de Copacabana, mas fica aí a dica.
É roubada!
– Havaí: linda e quente no verão. Só que os preços triplicam nessa época do ano. Motivo: trata-se do destino número 1 dos americanos que fogem do frio.
– Norte da Europa: os dias são congelantes e as noites, mais ainda. Chances inexistentes de conseguir comemorar a virada do ano ao ar livre.