The Town teve playback de Mariah Carey e brilho de Ivete e Lionel Richie
Com vento gelado e problemas de som no palco Quebrada, o sábado (13) de festival foi dedicado às grandes vozes da música pop nacional e internacional
O penúltimo dia de The Town 2025, neste sábado (13), contou com programação dedicada às grandes vozes da música pop internacional e brasileira.
Foi o segundo dia mais vazio do evento, reunindo 78 000 pessoas no Autódromo de Interlagos, e também um dos dias mais frios, com um vento gelado que castigou aqueles não levaram um bom casaco.
Como foram os shows do sábado (13) no The Town 2025?
Enquanto a programação nos dois palcos principais, The One e Skyline, era focada na música pop, o palco Quebrada ampliou a diversidade sonora com shows de samba e rap. Mas o ponto negativo foram os problemas de som. No show do pagodeiro Péricles, tudo corria bem até a entrada do rapper Dexter, momento poderoso que foi atrapalhado pelo volume baixo da base. Mesmo assim, o encontro dos dois no palco foi marcante, e mostrou a sintonia total entre o samba e o rap como manifestações da cultura periférica.
Já no show de Criolo, o problema foi o volume do seu microfone, que se manteve baixo durante toda a apresentação. Os pontos altos foram as participações de Stefanie e, em seguida, da Batalha da Aldeia, que lotou o palco em uma grande celebração ao rap.
No palco The One, Priscilla fez um show dinâmico, com participações do grupo Fat Family e de Luccas Carlos. Gloria Groove misturou bem os hits da discografia, com conceito Broadway e arranjos jazzísticos. Antes, Jessie J fez um show de pegada mais intimista no palco principal, interagindo muito com público. A setlist começou com os hits, o que levou a uma dispersão da plateia com o avançar da noite.
Ivete Sangalo fez um dos melhores shows do dia, cantando blocos de sucessos da carreira no axé, incluindo hits da Banda Eva. A artista baiana espantou o desânimo no palco Skyline e trouxe o clima de Carnaval para o público que enfrentava um frio de 17oC. No palco, muita dança, lufadas de fumaça e um figurino brilhante todo em tom prateado.
Foi um momento especial do festival, assim como a apresentação de Lionel Richie. Aos 76 anos, o cantor e compositor americano esbanjou energia e simpatia, com uma banda primorosa e todos os hits no repertório: We Are The World, All Night Long e Easy, clássico da sua banda Commodores.
A diva Mariah Carey encerrou a noite, sem muito papo com o público, embalando hits absolutos com boa dose de playback, que revezou com momentos brilhantes da sua voz.
Com muitos “interlúdios”, momentos em que a cantora americana saía de cena, na maioria das vezes retornando com um novo figurino (foram pelo menos quatro roupas diferentes), a sensação em Interlagos era que ela escolhia algumas músicas para cantar, deixando parte do repertório para as gravações. Essa impressão foi mais evidente em faixas como Obsessed e até no seu lançamento mais recente, Sugar Sweet.
Mas, quando a voz ao vivo aparecia, brilhava a qualidade vocal única da artista. Foi assim em faixas como Don’t Forget About Us e Shake It Off. Com uma ótima banda e um repertório de sucessos bem escolhido, foi difícil não curtir o show, mesmo com a performance minimalista da estrela pop.





