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Teago Oliveira sobre novo disco: “Vou morrer fazendo o som que acredito”

O artista baiano, vocalista da banda Maglore, falou à Vejinha sobre seu álbum mais recente, 'Canções do Velho Mundo', e futuro projeto como intérprete

Por Tomás Novaes
22 out 2025, 17h14
Teago Oliveira lança 'Canções do Velho Mundo' (2025): novo disco
Teago Oliveira lança 'Canções do Velho Mundo' (2025): novo disco solo (Duane Carvalho/Divulgação)
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Teago Oliveira sonha e canta sobre o tempo, a solidão e o amor em seu segundo disco solo, Canções do Velho Mundo (2025), lançado no último dia 10 pelo selo Meia Noite FM.

O artista baiano, que é vocalista da banda Maglore, comprova mais uma vez que é um dos compositores mais relevantes da sua geração com essa nova safra, para além da interpretação, com os belos agudos de sua voz. O músico já foi gravado por Gal Costa (1945-2022) a faixa Motor, do disco A Pele do Futuro Ao Vivo (2019) da cantora e Erasmo Carlos (1941-2022) — a canção Não Existe Saudade No Cosmos, do álbum …Amor É Isso (2018) do Tremendão.

O novo disco é repleto de melodias bonitas, seja em roupagem pop-rock ou baladas mais lentas. Destaque para Eu Nasci Pra Você, Não Se Demore e Vida de Bicho, que pincelam bem o mundo cantado por Teago neste projeto.

O cantor e compositor lançou cinco discos de estúdio com a sua banda desde 2011, e estreou sua carreira solo em 2019, com o álbum Boa Sorte (2019). Teago vive há quatorze anos em São Paulo, atualmente na Vila Mariana. Confira o papo com o artista a seguir.

Qual a ideia por trás do título, Canções do Velho Mundo?

É um verso que está em duas músicas do disco. Esse velho mundo é meio imaginário, não é um momento que vivemos exatamente. Embora tenha uma coisa de anos 60 e 70 no som, que são os processos que gosto de fazer na gravação. Curto gravar mais à moda antiga. Hoje as possibilidades são enormes na música, e o grande propósito é fazer algo que seja divertido e real, no meio de toda essa maluquice de inteligência artificial.

A solidão é um tema nas letras do disco, especialmente na faixa Ninguém Liga. Qual a inspiração dessa canção?

Parece uma música pesada e triste, mas ela se resolve nos versos finais, quando diz que vai ser muito melhor quando você descobrir que os outros não ligam tanto para você. É um sentimento que foi muito genuíno ao fazer o disco. A minha geração vive um dilema muito grande, por poucos terem atingido o mainstream. O mundo passou por uma transição muito rápida, e os artistas da minha idade estão um pouco à flor da pele, sem saber para onde ir. Isso passou pela minha cabeça fazendo o álbum. E, ao mesmo tempo, vou morrer fazendo o som que acredito e quero, e o mercado que me encaixote em algum lugar. Não posso fazer algo que não sei fazer. Hoje as pessoas estão desesperadas em validar a arte pelo quanto ela foi ouvida, ou pelo número de seguidores do artista, sendo que no mundo real não é assim.

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A passagem do tempo aparece bastante nas letras. Como levar a vida sem apressar nem se perder, como você levanta em Não Se Demore?

Li um livro há um tempo atrás que fala de um estado em que você não apressa nada, e ao mesmo tempo não se deixa procrastinar. Essa música fala sobre isso. Se você colocar desespero na coisa ou não ligar para ela, você está fazendo mal de dois lados opostos. Seguir o o fluxo da sua vida é o melhor. Sem se sabotar. E a música fala também sobre o mundo hoje, que está pegando fogo.

Para você, qual a diferença desse disco para o seu primeiro álbum solo, Boa Sorte (2019)?

No Boa Sorte eu estava menos experiente em como eu queria dizer as coisas. Tanto esteticamente quanto liricamente, de escrita, melodia e produção. O primeiro disco foi um estágio para eu chegar neste. Por isso fiquei feliz com Canções do Velho Mundo, acho que cumpri o papel que estava me propondo há muito tempo. Por isso demorei para fazer este álbum. E o Boa Sorte ainda soa muito centrado no eu, desta vez fui para lugares mais cinematográficos e imagéticos.

O amor aparece nas letras como um antídoto para as desilusões da vida e do mundo. É isso?

O amor é uma linguagem muito massa para você falar o que quiser. Nesse disco eu coloquei ele no lugar da metalinguagem, falando de amor para também falar de outras coisas, como em Eu Nasci Pra Você. Vida de Casal já é algo mais pessoal. E Vida de Bicho tem dois caminhos, como uma música de amor ou sobre animais mesmo, gatinhos de rua. E isso é amor. O sentimento que tenho pelos meus bichos também. Acho que falo de amor em todas as faixas, em vários pontos de linguagem.

O que podemos esperar de novidades na sua carreira solo ou da Maglore?

Quero fazer outro disco solo. Além do novo álbum da Maglore, previsto para o ano que vem, que já iniciamos a pré-produção. Na minha carreira solo tem algo que sempre quis fazer, porque as pessoas estão me chamando muito de compositor: um disco como intérprete.

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Qual a ideia de repertório desse disco de intérprete?

Músicas de colegas meus, da mesma geração ou anteriores. Composições absurdas que muita gente não ouviu, e tenho certeza que, quando ouvirem, vai bater demais. Tudo em um estilo extremamente popular, fora do indie, rock, MPB. Vou me arriscar a dar esse passo. Não quero provar nada para ninguém, só quero fazer mesmo.

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