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“Posso dizer que hoje estou melhor”, diz Otto, ao revisitar disco de 2009

O artista pernambucano conversou com a Vejinha sobre o show de quinze anos do álbum 'Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos'

Por Tomás Novaes
26 abr 2024, 19h40
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Otto no Cine Joia: quinze anos de 'Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos' (Kenza Saïd/Divulgação)
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Otto celebra os quinze anos do disco Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos (2009) neste sábado (27), no Cine Joia.

O álbum mais cultuado da carreira do cantor e compositor pernambucano contou com participações de Julieta Venegas e Céu, e inspiração do livro A Metamorfose, de Franz Kafka (1883-1924).

Na apresentação, o disco será tocado na íntegra, com destaques como Janaina, Crua, Saudade e 6 Minutos. A artista Lavínia, companheira de Otto, abrirá a noite com o lançamento do seu disco de estreia, No Meu Umbigo.

Nesta sexta-feira (26), o músico apresenta o show especial no Circo Voador, no Rio de Janeiro.

4 Perguntas para Otto

Quem estará com você no palco?

Beto Gibbs, André Malê, Junior Boca, Meno Del Picchia, Ilhan Ersahin, Yuri Queiroga e Alexandre Guri. É a banda que tenho desde o começo da carreira. A Lavínia vai cantar Lágrimas Negras, O Leite e Saudade, que Julieta Venegas e Céu cantam no disco. Ver o disco agora é uma coisa… quando a gente é jovem, a gente tem a coragem e o medo. E você vai lidando com esses dois lados. Hoje eu consigo entender esse trabalho como uma obra musical, porque antes eram arroubos, sabe? É um disco muito especial e estou vendo que toca muita gente. Eu não sabia disso.

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Em qual contexto da sua vida você produziu esse álbum?

Quinze anos atrás era um momento muito tocante na minha vida. Por isso entendi que meus sentimentos refletiram demais nas pessoas que ouviam, isso é uma diferença para os outros discos. Esse tem uma diferença de sentimento. Na época, eu estava compondo para dois filmes, Sólo Dios Sabe, de Carlos Bolado, e Árido Movie (de Lírio Ferreira), que tinha Naquela Mesa, que é um clássico. Eu estava em um momento intenso de mudanças, a perda da minha mãe, uma loucura. E ele saiu dessa forma. É Kafka, (o título do disco é) a primeira frase de um livro pesado psicologicamente, então eu estava nessa fase de pensamento.

Como você se sente hoje, revisitando esse tempo e esses arranjos?

É a viagem artística. É a mesma banda, mas estamos mais experientes, então as interpretações já mudaram. O espetáculo é a música. É rock and roll com samba, peças que misturo sempre no meu liquidificador. O disco está mais explícito, mais claro. É uma celebração. Posso dizer que hoje estou melhor, me acho mais adequado (risos). Já controlo toda essa minha loucura artística.

Qual a importância desse disco, na sua carreira, há quinze anos e hoje?

Quando lancei em Nova York, o Larry Rother, editor do New York Times, fez um perfil no jornal. Para você ver como esse disco é importante, musical e sentimental. E que bom que as pessoas querem ver música música boa ao vivo, popular, rock and roll. Está tão difícil a venda, o business, dizem que há uma crise de venda de ingressos no mainstream, e eu estou lotando os dois lugares (o Cine Joia e o Circo Voador). Chuck Berry dizia que ele era uma peça da máquina do rock and roll, e hoje eu sei que eu sou uma peça da música popular brasileira, faço parte dessa engrenagem.

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18 anos. Cine Joia. Praça Carlos Gomes, 82, Liberdade, ☎ 3231-3705. ♿ Sáb. (27), 22h. R$ 179,20. cinejoia.byinti.com.sp.

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