“A ciência nos salvou do vírus. A música nos salva de nós mesmos. E aqui estamos, então, mais uma vez, prontos para embarcar numa nova temporada e sem receio de romper fronteiras, reais ou imaginárias”, escreve Arthur Nestrovski, diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), no texto de introdução da Temporada 2023, Sem Fronteiras.
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Com abertura marcada para 2 de março do ano que vem, o próximo capítulo da orquestra é dedicado a completar o movimento iniciado na temporada atual: a retomada dos concertos no pós-pandemia.
O número de assinantes do programa da Osesp, que caiu nos últimos dois anos de 7 900 para os atuais 5 600, voltou a crescer em 2022, tendência que a nova temporada busca manter com as mais de 150 apresentações, distribuídas em 32 programas — somando-se a orquestra, o Coro e o novo Quinteto, em ano sabático do tradicional Quarteto Osesp.
Entre os destaques da nova temporada, a série especial Violoncelo em Foco, com nomes como o francês Gautier Capuçon e a israelense Inbal Segev, o ciclo Rachmaninov 150 anos, com nove obras do compositor romântico russo pelo pianista britânico Stephen Hough, o Artista em Residência da Temporada, e a maratona Beethoven-Fest, que recria o concerto de 1808 no qual estrearam a Quinta e a Sexta sinfonias do compositor alemão.
“A pandemia mudou o mundo, e nós acreditamos que a música fala para todos, em todas as idades, em qualquer cultura, em qualquer lugar”, diz o maestro titular e diretor musical da Osesp, Thierry Fischer, que escolheu a Sinfonia nº 3 de Gustav Mahler para abrir a Temporada 2023. “A universalidade dessa composição, com o tema da natureza, é um símbolo importante para esta temporada”, afirma.
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Publicado em VEJA São Paulo de 5 de setembro de 2022, edição nº 2809