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Joaquim apresenta disco de estreia na Casa de Francisca

O cantor e compositor faz show de lançamento do álbum 'Varanda dos Palpites' (2025), lançado em maio com participações de Rubel e Luiza Villa

Por Tomás Novaes
9 jun 2025, 18h07
Joaquim na Casa de Francisca: show nesta quinta-feira (12)
Joaquim na Casa de Francisca: show nesta quinta-feira (12) (Thomas Berti/Divulgação)
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Joaquim faz o show de lançamento do seu disco de estreia, Varanda dos Palpites (2025), na quinta-feira (12), no porão da Casa de Francisca.

O jovem cantor e compositor segue uma linhagem rara na cena musical contemporânea: o piano e voz, com foco na canção.

As dez faixas lançadas no mês passado pela Coala Records, com direção artística de Marcus Preto, são o cartão de visitas deste artista paulistano de voz potente e letras singulares — vale matar a curiosidade e conferir essa novidade ao vivo, em atmosfera intimista no subsolo da casa de shows.

No álbum, que será tocado na íntegra, destaque para a bela gravação de Fogueira, música de Angela Ro Ro, e as autorais Falta, com participação de Rubel, e Me Conta, versão em português do sucesso Somethin’ Stupid, de Carson Parks (1936-2005), registrada em duo com a cantora Luiza Villa, que participa do show.

“Vão ter duas versões. Vou apresentar o repertório inteiro do disco em voz e piano, que é o formato natural. É um álbum todo pensado para ser tocado dessa forma”, explica o músico. Confira, a seguir, a entrevista com o músico.

Primeiro, quero saber sobre o nome do disco. Qual a inspiração?

Não quero cravar método, mas foi muito interessante porque foi um nome dado antes de tudo. Antes de pensar repertório, antes até de ser o nome de uma das músicas. A Varanda dos Palpites de fato existe, é o apartamento de um amigo meu, em Pinheiros. Um lugar onde, entre amigos, ficávamos falando um monte de coisa, horas e horas em papos bastante despretensiosos, que iam longe. Muita ideia que eu tive, muita coisa que eu pensei, foi ali. É um espaço criativo, acima de tudo.

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Me fala sobre o universo temático dessas canções — percebi um tema recorrente, como em Emboscada e Plenamente Acordado, de uma autossabotagem ou estado de inércia para com a vida. As letras são pessoais?

Não são particularmente biográficas, não considero minha exploração muito dentro das minhas próprias vivências. Gosto mais de explorar o que eu vejo e acho bonito, o que eu gostaria de sentir ou o que penso que posso sentir. Emboscada e Plenamente Acordado são boas sínteses desse meu estudo que parte de uma realidade interna real, mas que, no momento que começo a compor, me desprendo de qualquer tipo de amarra das coisas que eu vivi, ou às vezes até do que eu concordo mesmo. Acho importante fazer esse exercício.

Embarcar e seguir a ideia mesmo, né?

Sim, e acho legal também, não só na parte lírica, mas também, às vezes, se desprender de preferências sonoras mesmo. Procurar caminhos para aquilo que você está dizendo de todas todas as formas possíveis. Ou seja, talvez não fazer a escolha que você faria selecionando uma música para tocar na sua playlist. Isso me ajuda a compor mais fluidamente.

O seu piano e voz acompanha uma linhagem hoje rara na nova música brasileira. Quais as suas referências de cantores e compositores pianistas?

De modo geral, minhas grandes referências, pelo menos aquelas que me emocionaram e mais tomaram a minha atenção, não eram próximas do piano. Foi o instrumento que eu comecei a tocar mas não conheço muitas obras, não sei ler e não sei tocar nenhuma música do jeito “certo” que elas são tocadas (risos). Elton John, Billy Joel, Angela Ro Ro, são referências mais recentes, menos fundantes. Minhas maiores inspirações são muito variadas.

Seu motor principal é a canção, e o piano veio como uma ferramenta para escrever suas canções. É isso?

Não tive pressão nenhuma para ser artista, não tenho família artista, e meus pais nunca me pressionaram, nem para o mal nem para o bem, sempre deixaram fluir. Não me coloquei a ideia de ser artista até que isso se tornasse óbvio, então a minha técnica evoluiu muito de acordo com o que eu queria tirar, o que eu queria fazer. É muito circunstancial. Nunca tive um objetivo claro, eu só adorava fazer.

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O que você está preparando para o show de lançamento?

Estou pensando esse show com o Marcus. Vão ter duas versões, que estamos fechando ainda. Vou tocar o repertório inteiro do disco em voz e piano. É um modelo natural para esse disco. Não tem nem adaptação a ser feita, é um álbum pensado para ser tocado assim. O arranjo é pensado para que a dinâmica esteja nas pontadas do piano e na voz. Estou animado para tocar o disco de dois jeitos, mas acho que, nesse primeiro show, voz e piano encaixa melhor. Daqui a pouco eu chego com a banda.

18 anos. Casa de Francisca. Rua Quintino Bocaiuva, 22, Sé, 3052-0547. Qui (12), 21h30. R$ 53,00. pixelticket.com.br.

Publicado em VEJA São Paulo de 6 de junho de 2025, edição nº 2947

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