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Terno Rei: “O lance das bandas está em extinção”

Atração deste sábado (26) no Lollapalooza, a banda paulistana fala sobre seu novo disco, Gêmeos, lançado no começo de março

Por Tomás Novaes
25 mar 2022, 10h10
Imagem mostra quatro homens enfileirados e abraçados, olhando para a câmera.
A trupe: Bruno Paschoal, Luis Cardoso, Ale Sater e Greg Maya. (Fernando Mendes/Divulgação)
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Para início de conversa, Terno Rei é uma banda de indie-rock paulistana – apesar de ter um front man carioca. Letras reflexivas e harmonias melancólicas são marcas do grupo, que lançou no início deste mês o seu quarto disco, Gêmeos, que surge com um som repaginado, mais solar, mas sem perder sua essência.

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Todos na casa dos trinta anos, o quarteto é formado por Ale Sater (vocal e baixo), Bruno Paschoal (guitarra), Greg Maya (guitarra) e Luis Cardoso (bateria). Nostalgia parece ser o tema central do disco que, por isso, traz um clima mais morno do que o antecessor Violeta (2019). O fim de uma fase da juventude, potencializado pela pandemia, é um dos temas presentes nas letras – como em Dias de juventudeRetrovisor.

Sobre o título, Gêmeos, o vocalista Ale Sater explicou o conceito, que remete à amizade. “A gente acabou virando nostálgico vezes três. Tanto pela idade, quanto pelo momento – e o nome tenta trazer isso, esse conceito de amizade, daquele amigo que você tem com 16, 17 anos, uma relação profunda de amizade”.

Imagem mostra quatro homens enfileirados, vestindo moletons e calças, olhando para a câmera.
Ale, Bruno, Greg e Luis. (Fernando Mendes/Divulgação)

“É o que a gente tem aqui, como banda. Estamos juntos há 12 anos, eu sei até o cheiro dos caras”, completou. A trupe opinou também sobre como, para eles, este formato vem perdendo espaço na música.

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“O lance das bandas está em extinção”

“É difícil você ver a molecada hoje falando ‘Eu quero uma guitarra’ ou ‘Eu vou começar a fazer aula de batera’. É muito mais ‘Vou produzir um som e eu vou ser minha própria banda aqui no PC'”, disse Luis. Bruno e Ale foram mais incisivos ao dizer que o “o formato banda está realmente virando uma coisa obsoleta” e que “o lance das bandas está em extinção”, respectivamente.

Mas, apesar da tendência, a Terno Rei parece seguir cada vez mais firme no seu nicho, o que é exemplificado pela ótima recepção da crítica e do público ao novo álbum – essa que superou as expectativas da própria banda. “Eu consigo entender uma galera que fecha a cara para umas músicas mais pop ali. A gente já estava esperando um pouco isso, e no final das contas deu melhor do que a gente estava imaginando”, comentou Bruno.

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O disco é curto, com 12 músicas mas pouco mais de meia hora de duração. Isso vai forçar o grupo, para a felicidade dos fãs, a passear por toda a discografia em seus shows. E a apresentação de despedida do trabalho anterior, de 2019, acontecerá neste sábado, às 13:05, no Palco Budweiser do Lollapalooza 2022.

O grupo tinha sido escalado para a edição de 2020 (que foi adiada) pela repercussão do disco Violeta, que conta com destaques como Solidão de Volta Dia Lindo. “Depois vai ser foco total no Gêmeos“, disse Bruno.

E sobre os próximos passos, ele ressaltou uma das muitas partes boas de se ter uma banda: “Se a gente tiver na vibe de fazer um disco punk, a gente vai fazer. Essa liberdade é um dos pontos altos de se ter uma banda hoje em dia”. Enquanto a extinção não chega, a Terno Rei parece estar aproveitando seu momento.

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