Frejat, 61, se apresenta nesta quarta-feira (9) no Teatro Bradesco com seu novo show, Trio Eletro Acústico.
O cantor e compositor carioca estará acompanhado no palco de seu filho, Rafael Frejat, e o guitarrista Maurício Almeida.
No repertório, os sucessos dos mais de quarenta anos de carreira do artista, como Amor Pra Recomeçar, Segredos, Flores do Mal e Por Você.
O músico começou sua carreira em 1981, como integrante e um dos compositores da banda Barão Vermelho, ao lado de Cazuza (1958-1990).
Em 1985, após a saída do parceiro, passou a ser vocalista do grupo. Frejat manteve uma carreira solo em paralelo até 2017, quando saiu do conjunto.
Restam poucos ingressos. Livre. Teatro Bradesco. Bourbon Shopping São Paulo, ☎ 3670-4100. ♿ Qua. (9), 21h. R$ 160,00 a R$ 240,00. teatrobradesco.com.br.
3 Perguntas para Frejat
Como nasceu a ideia do show Frejat Trio Eletro Acústico?
Esse show partiu da minha necessidade de fazer algo mais delicado do que o formato de banda, mas não tão delicado quanto minha apresentação voz e violão. Sozinho, eu não tinha muitas possibilidades de criar um arranjo mais sofisticado, com introduções, solos e uma moldura musical. A coisa do trio veio para expandir isso, com o foco na canção, mas também uma parte musical mais sofisticada.
E como é dividir o palco com seu filho, Rafael? Vocês sonhavam com esse projeto?
Isso veio da pandemia. Quando começou, estávamos isolados, todos em casa, e pintou aquela coisa de fazer lives. Eu tenho um estúdio a uma quadra de casa, e tínhamos condição de ir lá, tocar e voltar. Então convidei o Rafael para participar, e ele topou. Fiquei felicíssimo. Antes da pandemia, ele estava muito dedicado à banda dele, o Amarelo Manga, e não era o caso de fazermos algo juntos. Fizemos vários arranjos, eu adorei tocar com ele, foi muito gostoso. E, quando os shows começaram a voltar, quis continuar isso. Ele foi muito receptivo, o que me deu uma alegria enorme. Tocar com o filho, ainda mais uma pessoa tão talentosa… é muito impressionante, ele toca muito bem, tem conceito, estética. E se entendeu muito bem com o Maurício, viraram grandes amigos. Eles foram responsáveis pela direção musical e pelo conceito artístico do show.
Recentemente, no Conversa com Bial, você comentou sobre sua saída do Barão Vermelho, e fez um paralelo com o atual momento dos Titãs, que estão fazendo uma turnê de reencontro. Você já conversou com a banda sobre a possibilidade de uma turnê comemorativa?
Não existe essa possibilidade. Eu não conversei, porque não existe. A minha saída foi muito definitiva para mim. Acho que o Barão havia chegado em um estágio celebratório da sua obra — o que muitas pessoas podem achar constrangedor, mas eu particularmente me orgulho. Você tem 35 anos de carreira e compôs uma porção de músicas queridas pelas pessoas, então pode celebrar isso. Mas esse não era o desejo dos outros, a gente realmente estava querendo andar por caminhos diferentes. Foram 35 anos de dedicação à banda, e foi decidido que o meu conceito não era o que os outros queriam. Somos amigos, ontem mesmo foi aniversário de um empresário do Barão, estávamos todos lá, juntos, batendo-papo, alegria total. Mas, dentro do projeto artístico, acho que é definitivo mesmo.