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Capitão Fausto traz o melhor do indie português a SP: “É uma celebração”

Confira a entrevista com a banda lusitana, que se apresenta com Tim Bernardes e Zé Ibarra no Cine Joia neste final de semana

Por Tomás Novaes
Atualizado em 30 out 2025, 13h59 - Publicado em 30 out 2025, 13h57
Capitão Fausto em São Paulo: show no Cine Joia
Capitão Fausto em São Paulo: show no Cine Joia (Martim Teixeira/Divulgação)
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Os portugueses da Capitão Fausto estão de volta ao Brasil nesta semana para três shows, em Petrópolis e em São Paulo.

A apresentação paulistana acontece neste sábado (1o), no Cine Joia. A noite contará ainda com participações luxuosas de Tim Bernardes e Zé Ibarra, amigos do quarteto lusitano formado por Tomás Wallenstein (voz, guitarra, teclados), Manuel Palha (guitarra, teclados), Domingos Coimbra (baixo) e Salvador Seabra (bateria).

As demais apresentações acontecem nesta (31) e na próxima (7) sexta-feira, no festival Rock The Mountain, no estado fluminense.

Formado em 2009, em Lisboa, o grupo se estabeleceu na década passada como um dos principais nomes do indie português, com discos como Capitão Fausto Têm Os Dias Contados (2016) e A Invenção do Dia Claro (2019).

Atenção para faixas como Amanhã Tou Melhor, Amor, a Nossa Vida e Na Na Nada, esta do álbum mais recente, Subida Infinita (2024), que devem pintar na setlist. Confira a entrevista com o vocalista Tomás Wallenstein a seguir.

Vocês gravaram o disco A Invenção do Dia Claro (2019) em São Paulo, no extinto Red Bull Studios. Como foi a experiência?

Estávamos compondo o disco novo em 2017, e surgiu uma proposta da Red Bull, com quem estávamos trabalhando em festivais. Na época eles tinham estúdios espalhados pelo mundo, e pensamos que tinha de ser um lugar onde a nossa música fosse influenciada. Para sermos contaminados pelo ambiente. Portanto, ir ao Brasil foi bastante óbvio. Estávamos ouvindo muita música brasileira dos anos 60, e calhou que estávamos muito amigos dos rapazes d’O Terno. Se não tivesse sido gravado aí, o disco não soaria daquele jeito. Agora, quase dez anos depois, o nosso regresso já tem alguma nostalgia.

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Como vocês conheceram o Zé Ibarra e o Tim Bernardes, que participam do show no Cine Joia?

O Tim e o Domingos (Coimbra, integrante da banda) fizeram um primeiro contato, se não me engano quando saiu Capitão Fausto Têm Os Dias Contados (2016), pelas redes sociais. Pouco tempo depois O Terno veio tocar em Portugal, e nos visitaram no estúdio, nos demos muito bem. Em 2019, eles voltaram e fizemos um primeiro show em conjunto, e depois tocamos no Rock in Rio do Brasil. E nsse concerto no Rio de Janeiro conhecemos o Zé Ibarra. Mais tarde voltei a entrar em contato com o Zé quando fui a São Paulo sozinho, este ano ele tocou no Cuca Monga, festival aqui em Lisboa organizado por nós. Ficamos amigos.

Qual a ideia do repertório do show?

Estamos muito animados. Viajamos com esse concerto pela Europa no início deste ano. É um show em que tocamos só os quatro, é uma celebração de todos os discos que já fizemos. Em São Paulo, especialmente, vamos fazer essa festa com os convidados, aumentando um pouco o repertório com músicas do Tim e do Zé.

E qual a influência da música brasileira na banda e em sua vida?

A música brasileira é muito presente aqui em Portugal, desde que sou pequeno. Desde o movimento do tropicalismo, logo após o 25 de abril (a Revolução dos Cravos, em 1974), foi uma constante muito forte. Os artistas brasileiros sempre tiveram uma presença maior em Portugal do que o inverso, eu diria. Mais tarde nós tivemos as novelas da Globo e toda a cultura pop. Querendo ou não, somos influenciados desde que nascemos pela cultura brasileira. Ouvi muito Cartola, Nelson Cavaquinho, nomes mais basilares, ligados ao samba. Me interessa a pureza das canções, apesar da complexidade harmônica e rítmica. Existe um elemento fundamental, puro e despido de ornamentos que é a canção em si.

Nos últimos anos, artistas portugueses da sua geração têm traçado conexões com músicos brasileiros e fazendo turnês aqui. Nomes como Salvador Sobral, Tiago Nacarato, Maro, entre outros. Este é um movimento recente?

Acho que não é uma coisa que sempre aconteceu. Existe uma dificuldade óbvia de distância geográfica, o que torna mais difícil para um artista em princípio de carreira. E existe uma crença antiga que, pelo Brasil ter uma riqueza musical muito grande, não há espaço para a música vinda de Portugal. E acho que isso era um mito. Há espaço para todos, ou pelo menos para experimentar. Para nós, sempre foi muito evidente a nossa vontade. São Paulo foi uma cidade que nos marcou muito, assim como o Rio de Janeiro. E nós sabemos que o Brasil não é só São Paulo e Rio, temos vontade de descobrir e conhecer o país mais a fundo.

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O que você pode comentar sobre o futuro da Capitão Fausto?

Estamos em momento de transição, no final de ciclo do disco Subida Infinita (2024). E estamos a trabalhar em um projeto há muito tempo sobre o qual eu ainda não posso falar, algo que começou em 2017, está praticamente finalizado e irá sair no próximo ano. E que, quem sabe, pode ter uma vida no Brasil. Estamos também no início de um novo ciclo, Subida Infinita marcou a saída do Ferrari (ex-tecladista da banda), que esteve conosco desde o início. Estamos olhando para o futuro com alguma apreensão positiva, com entusiasmo pelo que virá.

18 anos. Cine Joia. Praça Carlos Gomes, 82, Liberdade. ♿ Sáb. (1o), 20h. R$ 90,00 a R$ 180,00. meaple.com.br.

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