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“A música erudita acalma as pessoas”, diz Alceu Valença, que canta com orquestra

Neste sábado (12), o músico estará no palco do Espaço Unimed com a Orquestra Ouro Preto, apresentando o show do projeto Valencianas II

Por Tomás Novaes
Atualizado em 11 nov 2022, 12h14 - Publicado em 11 nov 2022, 12h14
Imagem mostra homem tocando violão, sorrindo, rodeado por músicos de orquestra
Alceu Valença: no palco na capital. (Íris Zanetti/Divulgação)
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Neste sábado (12), Alceu Valença e a Orquestra Ouro Preto estarão juntos no palco do Espaço Unimed para o show especialíssimo do projeto Valencianas II, segunda versão de projeto que nasceu em 2010.

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“Em janeiro de 2020, nós gravamos um concerto na cidade do Porto, na Casa da Música. Um local maravilhoso, com uma acústica incrível. Mas com a pandemia, a gente guardou o projeto para o momento que pudesse se deslocar com a orquestra inteira”, diz Alceu sobre o disco do show, lançado em agosto deste ano.

Os clássicos da carreira do pernambucano que ficaram de fora do primeiro álbum, Valencianas: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto (2014), estão inclusos neste repertório, como Táxi Lunar, Como Dois Animais, Papagaio do Futuro e Solidão. No show, podem ser esperadas faixas dos dois discos.

“Show com orquestra é um delírio. É muito bom. A música erudita acalma as pessoas. E as pessoas da orquestra são maravilhosas”, conta o artista. “Quando eles tocam sozinhos as suítes das minhas músicas, eu saio do palco e fico curtindo. Nesse momento eu sou o público. É muito bom viajar para atrás da cortina. Ali sou cantor e espectador”, diz.

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Sobre a diferença de se apresentar com uma orquestra, Alceu brinca: “Fico bem mais comportadozinho com eles, é diferente”. O concerto é dirigido pelo maestro Rodrigo Toffolo e tem cenografia de Paulo Rogério Lage.

Homenageado nesta semana no Prêmio UBC, Valença viveu um momento de redescoberta de sua obra durante a pandemia, com a popularização de clássicos como AnunciaçãoBelle de Jour em gerações mais novas, através das redes sociais e de remixes dançantes dos seus hits.

Mas nem sempre foi assim, conta Alceu. “Era muito complexo de entrar nos meios de comunicação. Eu e Geraldo fizemos o primeiro disco (Alceu Valença e Geraldo Azevedo, 1972) e não deu em absolutamente nada, não houve repercussão”, conta. “O boom da minha carreira foram os discos Vivo! (1976) e o Espelho Cristalino (1977)”, conta.

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Neste começo de carreira,  foi em São Paulo que a dupla se lançou no Festival Abertura de 1975, no Teatro Municipal. “Depois de ter batalhado tanto, foi aquilo que me mostrou para o Brasil”, relembra Alceu. Sobre a cidade, ele confessa: “Eu gostaria de ter morado em Sampa. Gosto de caminhar na Paulista, no Morumbi. Tenho muitos amigos aí. E acho a cidade muito acolhedora”, diz.

No final do ano, Alceu irá passar uma temporada descansando em Lisboa. Mas segue matutando os planos do Valencianas. “Daqui a um tempo quem sabe a gente começa a fazer shows no mundo todinho com orquestra”, comenta. Restam poucos ingressos. 14 anos. Espaço Unimed. Rua Tagipuru, 795, Barra Funda, ☎  3868-5860. Sáb. (12), 21h30. R$ 160,00 a R$ 480,00. espacounimed.com.br.

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