Já li e ouvi algumas pessoas comentarem que WandaVision, embora seja um golaço na Marvel, perde a criatividade dos primeiros episódios em seus capítulos derradeiros. Concordo. Fiquei muito empolgado ao assistir, a cada semana, um novo episódio – e sempre me surpreendia ao fim dele. O mesmo não ocorreu no último (ou nos últimos). Explico melhor no texto abaixo.
Com muitas boas sacadas, WandaVision, série em nove episódios, é novidade no Disney+. Em sua nova produção, a Marvel se volta literalmente para o ambiente televisivo e é com a própria TV a brincadeira mais criativa — ao menos nos primeiros capítulos. É como se tudo se passasse “dentro” de sitcoms do passado. Com referências a seriados como A Feiticeira e The Dick Van Dyke Show, Wanda e Visão (Elizabeth Olsen e Paul Bettany) formam o típico casal de um subúrbio americano da década de 50. Enquanto ele sai para trabalhar num escritório, ela se encarrega do lar com a ajuda de seus superpoderes.
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As piadas são constantes, assim como a claque de risadas e a fotografia em preto e branco. Nos episódios seguintes, os anos avançam. Ainda se vê a mesma casa, mas a decoração é outra. As cores começam a brotar. Se Wanda tem a vidinha de dona de casa que quis, Visão se sente deslocado no tempo e no espaço. A esposa sempre desconversa — e eis aí o grande mistério que vai nortear WandaVision. Se o seriado dá continuidade ao MCU (Universo Cinematográfico Marvel), a partir de Vingadores — Ultimato (2019), o que Visão, que estava morto desde Vingadores — Guerra Infinita (2018), faz aqui vivinho da silva? Em sua primeira metade, a série se delicia numa alusão ao O Show de Truman. Seus episódios derradeiros, contudo, se moldam à fórmula dos filmes de super-heróis, culminando num desfecho em que prevalecem os efeitos visuais na luta do bem contra o mal. Mas quem seria o mal? A série está disponível no Disney+.
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