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Série sobre popular receita mexicana é dica da Vejinha para a quarentena

A sugestão é do editor sênior e crítico de restaurantes Arnaldo Lorençato, que escolheu "Na Rota do Taco"

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 jun 2020, 19h15 - Publicado em 5 jun 2020, 11h23
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  • E mais uma colega da redação da VEJA SÃO PAULO marca presença aqui no meu blog para dar a dica da quarentena.  A sugestão desta semana é do editor sênior e crítico de restaurantes Arnaldo Lorençato. E a dica dele é da Netflix , em uma série documental gastronômica que vale o investimento. Arnaldo escolheu Na Rota do Taco e explicou o motivo no texto abaixo. Confira: 

    Paixão mexicana, o taco virou série documental criada por Pablo Cruz e dirigida por Carlos Perez Osorio para a Netflix. Ao longo de seis episódios de Na Rota do Taco, são exploradas as possibilidades de recheio do prato que é a comida de rua mais popular do México. Sua importância, tão grande por lá, é muito maior, por exemplo, que a do pastel aqui no Brasil. Mesclam-se depoimentos de especialistas, estudiosos, chefs e uma legião de apreciadores da comida embalada em uma tortilha e feita para comer com as mãos.

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    Nos depoimentos dados olhando direto para a câmera, todos se empenham em explicar as características regionais de cada tipo de taco e as cidades especializadas em sua produção. Quatro dos programas são excepcionais: o do pastor, como é chamado o churrasquinho grego por lá, só que feito de carne de porco, o do canasta, o taco mais barato, oferecido em cesta (a canasta) por vendedores que carregam toda uma tralha pesada em bicicletas, o do barbacoa, nesse caso feito só de cordeiro assado debaixo da terra e envolto em folhas de agave, do qual se obtém também um apreciado consomê, e o do guisado, que é a comida feita em panela como arroz, feijão, fígado acebolado que vão em cima da massa, o único que precisa ser saboreado com o garfo.

    Como se pode ver logo na abertura, dei apenas duas estrelas para a série, embora valha muito a pena vê-la. Isso porque dois dos episódios são repetitivos e pobres em informação, o carnitas e o asada (equivalente ao churrasco de boi) — neste último a falta de assunto é tão grande que se torna necessário ir até Los Angeles para americanizar a série e apresentar o que fazem do lado de lá da fronteira, na Califórnia. Passa por ali um raio gourmetizador, com tacos de autor. Também parece que a pedida é só recheio. Senti falta de mais explicações sobre as tortilhas — panquecas de milho, primas distantes da nossa tapioca. Lembrei de duas amigas e grandes cozinheiras mexicanas, Lourdes Hernandez, la cocinera atrevida, e Marcela Guzman, que foi minha vizinha. A dupla sempre reforçou a importância desse envelope comestível e essencial da cozinha do México.

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