Que coincidência! Ainda ontem, vendo um capítulo da novela das 6, Boogie Oogie, a personagem de Ísis Valverde entra num cinema de rua que exibe Se Segura, Malandro!. A trama se passa em 1978. Este longa-metragem foi o segundo dirigido por Hugo Carvana, que morreu hoje pela manhã, aos 77 anos. Ele havia se lançado na carreira atrás das câmeras, cinco anos antes, com o emblemático Vai Trabalhar Vagabundo.
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Bar Esperança, de 1983, com Marília Pera, talvez tenha sido o auge de sua carreira como cineasta, que, infelizmente, foi minguando e teve um desfecho triste com o fraco Casa da Mãe Joana 2 – lançando em setembro do ano passado, o filme foi massacrado pelo crítica e praticamente ignorado pelo público.
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Carvana, no entanto, soube explorar muito bem a figura do malandro carioca e trabalhou com renomados realizadores do cinema nacional. Entre eles, Ruy Guerra (Os Cafajestes), Glauber Rocha (Terra em Transe), Joaquim Pedro de Andrade (Macunaíma), Arnaldo Jabor (Pindorama), Ana Carolina (Mar de Rosas) e Cacá Diegues (Deus É Brasileito).
A TV era um porto seguro do ator e, na Rede Globo, fez novelas marcantes como Corpo a Corpo, Roda de Fogo, O Dono do Mundo, De Corpo e Alma, Fera Ferida, Celebridade e Paraíso Tropical. Mas, certamente, Carvana ficará na memória dos telespectadores como Valdomiro Pena, o jornalista do seriado Plantão de Polícia, que foi ao ar de 1979 a 1981.
Casado com Martha Alencar, teve quatro filhos. Coincidentemente, todos estavam presentes na sessão especial de Vai Trabalhar Vagabundo, que o Festival do Rio exibiu no sábado passado. Carvana, já debilitado pelo mal de Parkinson, foi, certamente, a ausência mais sentida.
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