O legado no cinema de Norma Bengell, que morreu aos 78 anos
Diagnosticada com câncer de pulmão seis meses atrás, Norma Bengell morreu na madrugada desta quarta-feira. A atriz tinha 78 anos e deixou um legado cinematográfico muito importante. Seu primeiro sucesso foi com O Pagador de Promessas, que levou a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 1962. São também da década de 60 seus […]
Diagnosticada com câncer de pulmão seis meses atrás, Norma Bengell morreu na madrugada desta quarta-feira. A atriz tinha 78 anos e deixou um legado cinematográfico muito importante. Seu primeiro sucesso foi com O Pagador de Promessas, que levou a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 1962. São também da década de 60 seus grandes trabalhos, como Os Cafajestes, de Ruy Guerra, onde fez o primeiro nu frontal do cinema nacional, e Noite Vazia, um belo registro da São Paulo daquela época, dirigido por Walter Hugo Khouri. Nos anos 70, exilada em Paris, trabalhou para diretores europeus.
Em 1978, atuou em Mar de Rosas, meu filme preferido da diretora Ana Carolina. Se como atriz Norma era uma explosão em cena, suas incursões como diretora nunca foram bem-sucedidas. Vide Eternamente Pagu e, sobretudo, O Guarani. Foi, aliás, por causa deste longa-metragem, estrelado por Márcio Garcia no papel de Peri, que Norma foi indiciada, em 2007, pela Polícia Federal, por lavagem de dinheiro, acusada de ter desviado verbas da produção.
No teatro, suas últimas aparições, em São Paulo, foram em 2008, no clássico Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues – ela fazia a cafetina Madame Clessy – e, em 2010, em Dias Felizes, de Samuel Beckett. Entre 2008 e 2009, a estrela fez uma divertida participação no seriado Toma Lá, Dá Cá, vivendo a lésbica Deyse Coturno.
Tenho uma história curiosa a respeito de Norma, de quem fui muito fã na época da faculdade quando vi as pérolas Os Cafajestes e Noite Vazia. A atriz, muito famosa nos anos 80, estava em Paris para ver um show de Caetano Veloso, no Olympia, em 1983. Eu também estava na plateia e cheguei até ela para declarar minha admiração por seu trabalho. Norma estava linda, foi muita simpática e solícita e é essa a imagem que quero guardar dela para sempre.
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