Avatar do usuário logado
OLÁ,

Tudo Sobre Cinema

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Continua após publicidade

Netflix: sexo sem consentimento é tema de polêmico e premiado drama

O filme alemão Está Tudo Certo tem 97% de aprovação dos assinantes da plataforma de streaming

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 jul 2019, 16h08 - Publicado em 9 jul 2019, 15h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • À procura de filmes alemães na Netflix para fazer uma lista, comecei por Está Tudo Certo. Ele tem 98% ou 97% de aprovação dos assinantes e a história dramática me pareceu interessante. Além disso, recebeu prêmios em festivais como Locarno (melhor primeiro filme) e Munique (troféu da crítica). O tema está bem atual. O sexo sem consentimento foi muito discutido após o episódio num hotel em Paris envolvendo o jogador Neymar e a modela Najila. Mas não gostei do filme e já tirei da lista.

    Na trama, Anne (Aenne Schwarz) mora com o namorado e ambos estão planejando mudar de cidade para recomeçar a vida profissional. Num reencontro de colegas da faculdade, ela recebe a proposta de um amigo para substituir sua chefe, que está grávida, numa editora. Ou seja: terá de mudar os planos e contrariar o namorado. É lá também que Anne se aproxima de Martin, o cunhado de seu amigo.

    CONTÉM SPOILER. Bebida vai, bebida vem… e eles vão, embriagados, para a casa de Anne. Martin tenta beijá-la, ela se esquiva. Ele insiste; ela escorrega e bate a testa na quina de uma mesa. Martin não desiste e faz sexo à força – ou seja, estupra a mulher que conheceu poucas horas atrás. Ela não se move e não faz absolutamente NADA – nem na hora do sexo sem consentimento, muito menos depois. Tenta levar uma vida normal, como se nada tivesse acontecido – chega até a reencontrar com Martin, que se mostra um cara aparentemente decente e trabalha no mesmo lugar que ela.

    Me incomodou demais a passividade da protagonista que, segundo a sinopse da Netflix, trata de uma mulher “que tenta superar um trauma… e que a violência deixa marcas profundas”. Até entendo o lado psicológico do enredo. Mas será que ainda é preciso fazer filmes enfocando o drama de uma mulher estuprada que não tem reação alguma contra seu agressor? E, veja só, o filme foi escrito e dirigido por uma cineasta, Eva Trobisch.

    Você assistiu? Qual foi sua reação?

    Continua após a publicidade

    Quer me seguir nas redes sociais? Anote!

    Facebook: facebook.com/paginadoblogdomiguel
    Twitter: @miguelbarbieri
    Instagram: miguelbarbieri
    YouTube: Miguel Barbieri Jr. 

     

    Publicidade

    Publicidade